Em dezembro de 1980, o mundo chorava a morte de John Lennon, uma lenda do cenário musical e membro de uma das maiores bandas de todos os tempos, os "Beatles". Quase 14 anos depois, nascia em Brasília (DF) uma criança que, fruto de mais uma das milhares de homenagens ao astro, era registrada como Jhon Cley Jesus da Silva.
Hoje meia e titular do Vasco, o jogador de 21 anos, naturalmente, carrega o "Jhon" em função da idolatria de seus pais pelo músico (com a pequena diferença na grafia). Já o "Cley", embora muitos apostem se tratar de uma inspiração no ex-boxeador Cassius Clay, é apenas uma mistura com o nome de seu pai, Francos Cley.
De origem humilde, o atual camisa 10 cruzmaltino chegou ao clube ainda adolescente buscando seu sonho sozinho. A distância da família e o jeito tímido quase o fizeram desistir, embora seu talento já saltasse aos olhos dos treinadores da base.
Mais adaptado, foi ganhando espaço enquanto se acostumava com o novo lar, a concentração fornecida pelo Vasco aos atletas dentro de São Januário. Foi por lá que morou até 2013, período em que era comum vê-lo passeando pelos corredores do estádio, durante o treinamento dos profissionais, como se fizesse de lá o quintal de sua casa.
Foi também no clube que não deixou os estudos de lado, sendo aluno do Colégio Vasco da Gama, criado ainda na primeira gestão do presidente Eurico Miranda.
Após ser o grande destaque no título da Taça BH de Juniores, foi promovido ao elenco principal. Porém, enquanto via seu companheiro Marlone se destacar, não conseguia repetir no time de cima o que fazia nos juniores.
Relegado, acabou tendo poucas oportunidades com Adilson Batista e Joel Santana, até chegar Doriva. Logo na pré-temporada, ganhou a atenção do treinador.
Enfim emplacando boas atuações, ganhou a titularidade em 2015 barrando Marcinho, que havia sido contratado com pompa, e hoje veste a camisa 10 vascaína.
"É um jogador talentoso, muito forte e com qualidade técnica refinada. Fez um ótimo primeiro tempo (contra o Nova Iguaçu), mas também ainda não esta com o ritmo adequado, sentiu um pouco de cansaço no fim, sentiu cãibras também. Mas tem evoluído bastante e essa sequência é importante para ele", destacou Doriva.
No fim de 2013, Jhon Cley ganhou um aumento salarial do Vasco que o fez deixar a moradia em São Januário. Ele trouxe seus pais e seu irmão mais novo de Brasília e, atualmente, mora em um condomínio na Barra da Tijuca (RJ).
Fonte: UOL
