O Vasco anunciou o retorno do meia Matheus Índio no dia 5 de janeiro. Mas mesmo assim o jovem de 19 anos corre risco de ficar fora do Campeonato Carioca. Tudo por causa de mais um imbróglio extracampo que está impedindo a assinatura do novo contrato. Detentor de 20% dos direitos econômicos do jogador em seu vínculo anterior com o Cruz-Maltino, o grupo DIS cobra a mesma fatia do atleta na sua volta ao clube. Empresários da Elenko Sports, atuais representantes de Índio, são esperados pela diretoria do clube em São Januário na próxima segunda-feira para colocar um ponto final na história.
- Estou aguardando que tudo seja formalizado entre as partes para eu poder tirar o processo judicial do Índio contra o Vasco - resumiu o advogado do jogador, Aldo Giovane Kurle.
É preciso correr. As inscrições para o estadual 2015 terminam na próxima quinta-feira. Penúltimo dia útil antes do início da 10ª rodada da Taça Guanabara - marcado para o sábado. Após o prazo, cada clube ainda terá o direito de fazer duas substituições. Mas apenas por atletas registrados (leia-se com contrato válido regularizado na Ferj) dentro do período de inscrição e em função de duas condições: rescisão contratual de atleta inscrito e registrado ou contusão de atleta inscrito que acarrete inatividade superior a 15 dias.
Entenda o caso
Índio ainda não assinou o novo contrato com o Vasco. Isso só vai acontecer quando o imbróglio com a DIS for resolvido e o advogado do atleta retirar o processo contra o clube carioca iniciado no fim de 2013 - quando o meia pediu a rescisão unilateral de seu compromisso em São Januário alegando atraso salarial e não recolhimento de direitos trabalhistas superior a três meses.
Através de uma liminar, o meia assinou com a Penapolense, clube paulista que já teve relações com a DIS e hoje é ligado à Elenko Sports, e chegou a ser apresentado. Após o Campeonato Paulista do ano passado, foi emprestado ao Santos, mas atuou apenas no time sub-20 - enquanto o processo na Justiça seguia correndo. Com a eleição do Eurico, a nova diretoria tratou com os representantes do atleta e Índio deixou a Vila Belmiro - após um acordo por novo atraso salarial - para voltar a São Januário.
Há expectativa de que Vasco e Elenko cedam, cada um, 10% dos direitos neste novo contrato para “devolver” à DIS o investimento anterior. O contrato que está suspenso na Justiça - e, em tese, tem validade até maio - previa multa de R$ 20 milhões em caso de quebra. O novo vínculo ainda não assinado será de três anos com multa contratual de 5 milhões de euros (R$ 16,6 milhões). Enquanto a solução não chega, Índio quase não tem participado das atividades táticas entre titulares e reservas comandadas pelo técnico Doriva. Treina na maioria das vezes com o restante do elenco atrás de um dos gols de São Januário.
Fonte: GloboEsporte.com