Basquete: Fernando Lima confirma inscrição do Vasco na Copa Brasil Sudeste

Depois de ter tido negada, em polêmica e secreta votação dos times da Liga Nacional de Basquete (LNB), sua entrada na Liga Ouro, um dos torneios de acesso ao Novo Basquete Brasil (NBB), o Vasco vem mostrando dentro e fora de quadra que realmente quer tornar a ser uma força na modalidade, em que já foi bicampeão nacional, bi da Liga Sul-Americana e finalista do McDonald´s Open (Mundial de Clubes que incluía equipe da NBA), perdendo apenas para o San Antonio Spurs, em 1999. Fora de quadra, a torcida vem apoiando maciçamente a campanha para reformar o ginásio. A meta a ser alcançada por meio do site vasco.com.br/herdeiros era de R$ 185 mil, e até ontem, já haviam sido arrecadados mais de R$ 222 mil. No aspecto técnico, o clube já fez sua inscrição na Copa Brasil Sudeste, que será disputada em abril.

É uma tentativa de voltar aos bons tempos, segundo o vice de Quadra e Salão do clube, Fernando Lima.

— A data final de inscrição na Copa Brasil Sudeste é 13 de março, e nós já fizemos nossa inscrição. No dia 13, vamos saber quantas outras equipes estão inscritas. Se forem mais de duas, haverá a competição. Se forem até duas, elas irão direto para a Supercopa Brasil, que ocorre em junho — explicou Lima. — Então, como ainda não sabemos se vamos jogar em abril ou em junho, não adiantaria contratar jogadores agora. Mas, certamente, vamos montar um time para chegar à Liga Ouro, e daí ao NBB.

Ex-jogador de basquete, Lima foi o dirigente da época dos títulos brasileiros, sul-americanos e da final do McDonald´s Open, a melhor época deste esporte no clube. O projeto é vencer a Copa Sudeste, a Supercopa e a Liga Ouro, para alcançar o objetivo maior, o NBB, no ano que vem. Além disso, o campeão da Supercopa terá uma vaga na Liga Sul-Americana, que vai de outubro a dezembro e cujo campeão joga a Liga das Américas.

— Em 2016, se chegarmos ao NBB, o nível do nosso time vai depender do quanto captarmos no nosso projeto de lei de incentivos fiscais — afirmou Lima, lembrando que o Vasco conta agora com as Certidões Negativas de Débito (CNDs), o que lhe permite obter recursos de leis de incentivo. — Acredito que se nós conseguirmos R$ 6 milhões para cima, vamos montar um time com chances de lutar pela ponta da tabela. Mas, se captarmos menos, só poderemos formar um time de meio de tabela.

Para montar sua equipe, Lima espera contar com a ajuda de um profissional das quadras que trabalhou no clube e é seu amigo: o argentino Carlos Duro, ex-assistente técnico da equipe nos anos 90. Duro, que trabalha na Argentina, especialmente na base, poderá observar alguns atletas que possam interessar ao Vasco para formar sua futura equipe. Lima não sabe dizer ainda se seu clube irá disputar o Estadual, ainda sem data marcada.

Quanto à infraestrutura, o Vasco poderá utilizar seu ginásio assim que termine a reforma, e Lima acredita até que na preparação para as Olimpíadas do ano que vem alguma delegação estrangeira possa escolher o local para seus treinamentos. O ginásio será reinaugurado com uma partida em homenagem aos veteranos como Charles Byrd, símbolo da campanha de arrecadação, e mais José Vargas, Rogério, Helinho, Demétrius, Mingão, Sandro Varejão, Ailton e outros.

Além disso, uma das casas que já haviam sido compradas há alguns anos e incorporadas ao patrimônio de São Januário foi destinada para acolher cinco atletas de basquete que vieram de outros estados.

— Para motivar ainda mais a garotada da base, é preciso termos logo um time adulto — encerrou Lima.

José Vargas, do Vasco, enfrenta Tim Duncan, do San Antonio Spurs, no McDonald´s Open de Milão. Ponto alto da história do basquete vascaíno

Fonte: O Globo Online