No congresso anual da International Football Association Board, órgão responsável pelas regras do futebol, neste sábado (28), em Belfast, na Irlanda do Norte, foi decidido que não há perspectiva de os árbitros serem ajudados por replays de vídeos para solucionar polêmicas em campo.
Segundo a Fifa, é necessário obter mais informações sobre a tecnologia antes de o jogo sofrer essa influência. A Federação Holandesa já realiza alguns testes.
Em 2012, a International Board tomou a decisão inovadora de permitir ajuda de tecnologia para confirmar se a bola tinha passado pela linha do gol, mas não houve evolução da decisão na reunião deste sábado.
A FIFA é cautelosa sobre permitir que a tecnologia ajude na decisão de cartões vermelhos ou penalidades. Para o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, esta seria a "maior decisão desde que o futebol é jogado".
O uso de vídeo para ajudar a arbitragem em lances polêmicos é uma das bandeiras defendidas por Joseph Blatter, presidente da Fifa.
Outra proposta rejeitada foi a introdução de uma quarta substituição, em jogos que fossem para a prorrogação. "A International Board mantém a posição de que três substituições são adequadas", disse o chefe executivo da Federação Irlandesa, Patrick Nelson.
Para alterar uma regra do futebol, o projeto precisaria ter no mínimo seis votos positivos dos oito do colégio da International Board –a Fifa conta com quatro votos e as federações de Inglaterra, Escócia, País de Gales e Irlanda do Norte, um cada.
Uma das ideias que vão ser consideradas é o fim da suspensão de um jogo para as chamadas "punições triplas".
Esta punição refere-se a quando um jogador faz um pênalti, é expulso e, depois, suspenso por um jogo por ter impedido uma clara chance de gol na grande área.
A International Board concorda que a "punição tripla" era uma sanção muito forte, e concordou, em princípio, que a suspensão de uma partida ao jogador expulso neste caso pode ser descartado, mas vão aguardar uma investigação mais aprofundada.
Assim, a Fifa está autorizada a discutir a retirada dessa suspensão em seus comitês disciplinares.
Fonte:: Folha de S. Paulo