A detenção de 118 torcedores de Fluminense e Vasco que brigaram neste domingo, antes e durante o jogo entre as duas equipes no estádio Nilton Santos (Engenhão), durou mais do que o esperado. Ao contrário do que costuma acontecer nos casos de detenção de jogos, quando os brigões são fichados no Juizado Especial Criminal (Jecrim), que fica dentro do estádio, e liberados, eles foram encaminhados para a Cidade da Polícia e, nesta segunda-feira, serão encaminhados para o Complexo Penitenciário de Bangu.
Eles responderão por formação de quadrilha e, em crime que consta no Estatuto do torcedor, por causar tumulto nos arredores do estádio. Do total, 19 são menores de idade e serão levados ao Juizado de Menores. Entre os torcedores, cerca de 50% já tem passagem pela polícia, inclusive com um torcedor do Vasco que participou da briga em dezembro de 2013, na partida contra o Atlético-PR, em Joinville, que terminou com quatro feridos em estado grave. As prisões neste domingo foram feitas em duas ocasiões.
A primeira, às 15h, envolveu membros da Torcida Young Flu, que tem sede no Méier, e da Força Jovem do Vasco, em frente à estação de trem do Méier, próximo ao hospital Salgado Filho. A segunda briga aconteceu dentro do Engenhão, entre integrantes da Força Jovem do Vasco, que está dividida. Parte da dissidência da facção, que apoia o atual presidente do clube, Eurico Miranda, tentou furar o bloqueio policial para agredir outros membros da própria torcida. O Grupamento Especial de Policiamento em Estádios (Gepe) acompanha as desavenças entre os dois grupos desde o ano passado e os torcedores receberam escoltas distintas e ficaram em setores diferentes do Engenhão.
Fonte: O Globo Online
