Quase um mês depois de o Santos liberar o jogador para atuar pelo Vasco, Matheus Índio ainda enfrenta novo imbróglio que atrasa sua regularização para voltar aos campos. O meia de 18 anos é motivo de nova disputa entre investidores. Detentor de 20% dos direitos econômicos do meia Matheus Índio no vínculo anterior do jogador com o Vasco, o grupo DIS cobra a mesma fatia do atleta no seu retorno a São Januário. No contrato original, Índio era jogador do clube até fim de maio deste ano. No novo acerto para outros três anos de contrato, o Vasco e a Elenko Sports acordaram de dividir igualmente os direitos econômicos do jogador.
O caso atrasa ainda mais o aproveitamento do jogador na sua volta ao Vasco. Na maior parte das vezes ele nem vem participando dos coletivos comandados pelo técnico Doriva. Após a liberação do jogador pelo Santos, o clube foi surpreendido com a procura da DIS. O braço esportivo do grupo de Delcir Sonda teria adquirido o percentual de Índio por R$ 1 milhão.
Para resolver de vez o imbróglio, Vasco e a Elenko sentaram para tentar resolver o caso. Há expectativa de que cada um ceda 10% dos direitos neste novo contrato para “devolver” à DIS o investimento anterior. O contrato que está suspenso na Justiça - e, em tese, tem validade até maio - previa multa de R$ 20 milhões em caso de quebra de contrato. O novo vínculo entre o Vasco e o atleta prevê multa contratual de 5 milhões de euros.
Relembre o caso
Alegando atraso salarial e não recolhimento de direitos trabalhistas em período superior a três meses, o jogador e seus representantes entraram com pedido de rescisão unilateral na Justiça Trabalhista em 2013. No princípio, o clube procurou entendimento e prometeu pagar a quantia atrasada, que envolvia também luvas pela assinatura do primeiro contrato profissional assinado no fim de 2011. A ação prosseguiu na Justiça e os advogados de Índio conseguiram a liberação do jogador do Vasco através de uma liminar. O meia assinou com a Penapolense, chegou a ser apresentado e treinou alguns dias no clube de São Paulo. No contra-ataque na Justiça, o Vasco obteve a revogação desta liminar com sentença favorável ao clube carioca.
Após o Campeonato Paulista do ano passado, Índio foi para o Santos, mas atuou apenas no time sub-20, enquanto o processo na Justiça seguia correndo. Com a eleição do Eurico, a diretoria tratou com os representantes do atleta e Índio deixou a Baixada Santista para voltar a São Januário. Assediado desde o início promissor na base do Vasco, Índio chegou a treinar no Arsenal da Inglaterra e até acertou negociação com o Porto, que o clube carioca conseguiu bloquear, informando aos portugueses de todo litígio jurídico que envolvia o caso.
Fonte: GloboEsporte.com