Intensidade. Uma palavra que serve para descrever bem o volante Guiñazu. Aos 36 anos, o argentino deu nas últimas semanas mais uma prova de sua força: precisou de apenas 23 dias para voltar a vestir a camisa do Vasco após sofrer uma lesão - com direito a artroscopia - no joelho esquerdo. A atuação segura contra o Macaé e os 90 minutos em campo fecharam a recuperação com chave de ouro. E fizeram até o capitão sonhar alto. O objetivo é jogar mais seis anos (quando terá 42). Diante de tanta dedicação e cuidados com a forma física, quem duvida?
A previsão foi uma das declarações de Guiñazu na entrevista coletiva após o treino desta sexta-feira, em São Januário - a primeira desde a lesão. Em meio a agradecimentos pelo apoio de seus familiares, motivo que segundo ele o faz acordar cedo todos os dias para treinar e se cuidar, a resposta arrancou risadas dos jornalistas. No atual Campeonato Carioca, pelo menos dois jogadores com mais de 40 seguem em atividade: o zagueiro Cadão (43), do Friburguense, e o meia Geraldo (41), do Tigres.
- Me sinto mais forte e tento nunca diminuir a intensidade. Isso me trouxe até aqui com essa idade. Cabeça para mim é tudo. Vou sempre no limite. Me sinto feliz e quero continuar ajudando. O que me motiva são os companheiros, meus dois filhos, minha esposa, meu irmão, minha mãe, meu pai que se foi. Isso mexe comigo, me dá força para continuar. O futebol, o vestiário, todo o pessoal que se mexe para recuperar o elenco. Me motiva a acordar cedo e sair por último. Vou sentir saudades no dia que parar, daqui a seis anos... - avisou antes de dar uma olhadinha para o lado e ouvir as risadas dos jornalistas.
Além dos familiares, o departamento médico cruz-maltino também ganhou atenção especial do capitão. Principalmente o Caprres (Centro Avançado de Prevenção, Reabilitação e Rendimento Esportivo), projeto implantado no início de 2015 que Guiñazu fez questão de explicar.
- Antes de tudo é preciso entender o que significa o Caprres. Passa pela nutrição, pelo médico que fez a minha cirurgia, pelos fisioterapeutas. É um conjunto importante para nós. Estamos muito felizes com essa ideia. O Vasco trouxe os melhores dos melhores. Se o médico não opera certinho, daria problema. Se eu me alimento errado, não daria certo. O Caprres nos faz treinar sem dor. Funciona assim - frisou.
Fonte: GloboEsporte.com