Rubens Lopes: 'O pessoal tem síndrome de Eurico Miranda. Devem ter pesadelos com o fantasma dele'

Quinta-feira, 05/02/2015 - 19:51
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Após uma semana em guerra com o Flamengo e o Fluminense, o presidente da Federação do Rio, Rubens Lopes, acredita que o futebol carioca está em paz. Mas o dirigente não perde a chance de alfinetar o presidente do Tricolor, Peter Siemsen:

- Ele é difícil de ser encontrado.

Por que houve o recuo pelo fim da meia-entrada universal nos jogos do Estadual?

O próprio Conselho Arbitral já havia decidido que se houvesse risco de insegurança jurídica, não manteria. Na reunião com o Ministério Público, a conversa não caminhou nesse sentido. Poderia haver problema. A conclusão: era preciso ter a entrada inteira e a meia.

Por que o Fluminense não é citado na nota oficial em que é anunciada tal resolução?

Porque não conseguimos conversar com o Fluminense. Eu me reuni com o representante do Flamengo, com o presidente do Vasco, com o secretário chefe da casa civil do governo, com o Botafogo... Somente com o Fluminense a gente não conseguiu falar. O presidente do Fluminense é difícil de ser encontrado.

Ficou satisfeito com o fim do impasse?

O torcedor não foi beneficiado. A ideia era estender um benefício promocional a todos.

Por que o público dos quatro principais clubes paulistas foi tão maior do que o dos grandes do Rio (68.864 contra 23.552) na primeira rodada?

Não se pode comparar banana com abacaxi. Não dá para comparar Morumbi com Moacyrzão. Nem Pacaembu com Volta Redonda.

O futebol do Rio fica em paz, mesmo após o presidente do Flamengo, Eduardo Bandeira de Mello, ter sido ofendido pelo senhor?

Em uma reunião acalorada, de portas fechadas, ele perdeu também a compostura. E veio a público lavar roupa suja, com sua versão. A questão é que pela primeira vez eu vejo tanta briga porque se abaixou o preço.

O senhor não acha que passa a impressão de ser influenciado pelo Eurico Miranda?

A chance é zero. O pessoal tem síndrome de Eurico Miranda. Devem ter pesadelos com o fantasma dele. A verdade é que o Eurico não delega. Ele preside, enquanto outros delegam a quem nem sempre tem conhecimento ou autoridade.

É favorável a alguma punição pela invasão de rubro-negros ao vestiário do Macaé?

Na minha opinião, nenhum dos dois clubes deveria ser punido por uma ação de um grupo que não representa clube nenhum. Ou, então, o Brasil deveria ter sido punido na Copa do Mundo, já que houve invasão no Maracanã (no jogo Espanha x Chile).

Fonte: Blog Extracampo - Extra Online