Romeno, técnico do Shakhtar Donetsk-UCR lembra com carinho duelo contra o Vasco na década de 60, quando era jogador
Apesar de dois tropeços até o momento - uma derrota para o Bahia e um empate contra o Flamengo -, o técnico do Shakhtar Donetsk, Mircea Lucescu, vê com bons olhos a rotina de amistosos de pré-temporada no Brasil. Declarando-se fã do estilo de jogo brasileiro, Lucescu admite que a equipe ainda não está em condições plenas para disputar um jogo, mas mesmo assim valoriza os testes visando os confrontos das oitavas da Liga dos Campeões, que começa já em fevereiro, frente ao poderoso Bayern de Munique.
Admitindo que o pouco tempo de treino e o calor atrapalharam os ucranianos, Lucescu ficou impressionado com a atmosfera do estádio Mané Garrincha, em Brasília, que ficou completamente lotado mesmo para um jogo festivo. "A atmosfera do jogo esteve fantástica, tanto dentro de campo quanto nas arquibancadas. Estou plenamente satisfeito com a atuação dos meus jogadores. Não foi fácil treinar e nos preparar para este amistoso por conta do calor, mas tudo correu bem", ponderou o técnico, que esta época na Ucrânia tem de enfrentar o rigoroso inverno europeu.
Apesar do empate sem gols contra o Flamengo e a derrota por 3 a 2 contra o Bahia, o comandante do Shakhtar vê os amistosos como bons testes. O próximo, inclusive, acontecerá nesta quarta diante do Atlético-MG, em Belo Horizonte. "Para nós é muito importante jogar com times em nível diferente do nosso durante a pré-temporada. É graças a isso que a gente se prepara para os próximos jogos do campeonato nacional e da Liga dos Campeões. Esta preparação é muito importante para nós", admitiu.
Revelando que já teve proposta para jogar no futebol brasileiro durante os tempos de jogador, Mircea Lucescu assumiu seu amor pela terra tupiniquim. "Eu amo o Brasil, o futebol daqui e os seus jogadores. Há 47 anos, joguei pela seleção da Romênia contra times como Flamengo e Vasco, foi uma alegria. Quando eu era capitão da seleção romena, o presidente do Fluminense enviou um convite para eu jogar aqui. Mas àquela altura, a Romênia era um país socialista e era muito complicado viajar para o exterior", contou. "Estou muito feliz de ter vindo para cá e poder mostrar nosso futebol aqui", acrescentou.
Convocado pela primeira vez por Dunga recentemente, Luiz Adriano comentou as dificuldades de se adaptar ao clima em meio à preparação física. Artilheiro da atual edição da Liga dos Campeões, e maior goleador da história do Shakhtar, o brasileiro vê importância nos jogos. "Eles (Flamengo) não estavam tão cansados como nós, ainda tivemos treino pela manhã e eles não. Não devemos esquecer que foi um amistoso, mas de qualquer forma foi muito importante para nós. Faz parte da preparação", explicou.
Fonte: ESPN.com.br
