Em dezembro, Guiñazu, que tem 36 anos, aceitou a proposta do Vasco e provavelmente assinou o seu último contrato na carreira. No acordo, o hermano prorrogou o vínculo até o fim de 2016 e tem procurado aproveitar cada momento no Gigante. A cara de mau continua, mas, ao que parece, serve apenas para intimidar o adversário. No grupo, o Cholo Loco é um dos mais queridos.
Guiñazu ainda não conquistou títulos com a camisa do Vasco, mas a garra dentro de campo, o comprometimento e, por que não, os carrinhos — suas marcas registradas — foram suficientes para conquistar os torcedores. Após duas temporadas e 50 jogos pelo Gigante, o volante aparece como principal referência do time este ano.
“Sempre vi o Guiñazu jogar e poder atuar ao lado dele é muito legal. É uma grande referência que tenho e um cara que me tratou muito bem desde que cheguei. Ele se importa com a gente e cobra a cada treino. Isso é sensacional. Procuro sempre escutá-lo”, admitiu o recém-chegado volante Lucas, de 26 anos.
“Pegar a experiência de um jogador desses é sempre importante”, acrescentou o zagueiro Aislan, também com 26. Também não é por menos. Se fora de campo Guiñazu soma títulos importantes na carreira, dentro dele o cão de guarda argentino segue incansável. Em Pinheiral, onde o Vasco faz sua pré-temporada, ele é sempre um dos últimos a deixar o gramado. E isso só acontece após a já tradicional corridinha descalço.
Nas atividades físicas, incentiva. Nas táticas, faz cobranças. “Ele ajuda muito. É um orgulho para mim vestir a mesma camisa que o Guiñazu”, revela Jean Patrick, 21, que é volante, mas tem atuado na lateral. Até mesmo o experiente Julio dos Santos, de 31 anos, se rendeu. Ex-atleta do Cerro Porteño, o paraguaio elogiou o camisa 5.
“Jogamos contra quando ele estava no Libertad (2013) e não foi fácil”, brincou o reforço.
Fonte: O Dia