Já se foram 12 jogadores contratados pelo Vasco para a temporada. A grande maioria, desconhecidos do grande público. A dúvida em relação aos reforços de investimento barato causa desconfiança e gera críticas por parte de alguns vascaínos, ávidos por contratações de peso. Gerente de futebol, Paulo Angioni, porém, contesta a situação.
"Claro que todo mundo espera, e é comum no futebol, que se tenham nomes renomados, mas muita gente não está entendendo as contratações que o Vasco está fazendo. Isso, porém, faz parte da história do futebol".
De acordo com o dirigente, o objetivo inicial era criar um staff de excelência para os jogadores. Desta maneira, se fez um investimento na contratação de preparadores físicos, fisiologistas, psicóloga e médicos, tudo isto para o Cruzmaltino ter um elenco "saudável", como o próprio gerente gosta de falar.
"A primeira finalidade nossa foi encontrar uma excelência de serviços fora do campo. A diretoria achou um caminho que foi o Doriva. É um jovem extremamente promissor, moderno, estudioso. Juntou-se ao Doriva alguns profissionais de excelente nível na área da ciência. Buscamos qualidade neste aspecto. A partir daí foi se olhar para o grupo de jogadores. O Vasco está tentando fazer um grupo de qualidade com competência e saúde. Acreditamos muito nisso", enfatizou.
Recentemente, rumores sinalizavam que Paulo Angioni teria uma sociedade na empresa Brasport com outros dirigentes do Vasco, e que alguns reforços trazidos para São Januário teriam ligação com este suposto esquema. O dirigente, no entanto, negou com veemência ambas as situações.
"Não tenho participação em nenhuma dessas indicações. Eu nunca trabalhei com o Erick (lateral). O Erick Luis (atacante) muito menos. O conheci no Bahia sub-23, mas nunca jogou no profissional, onde eu era o responsável. São coisas que acontecem e que nos deixam triste, mas o que vale é minha consciência. Ela estando tranquila, é o que basta", disse o dirigente, informando também que não tem se envolvido nas negociações, deixando a função para o vice de futebol José Luiz Moreira.
Embora negue uma sociedade com a Brasport, Angioni fez questão de sair em defesa da empresa diante das especulações.
"Não tenho sociedade nenhuma na empresa, mas vou ser sincero e vou defender as pessoas que tem ou tinham essa parceria. Esta empresa nunca teve ativo de jogador", garantiu.
De acordo com Paulo, ao menos mais duas contratações acontecerão para o Campeonato Carioca. Na sequência, os reforços chegarão de maneira pontual. Atualmente, o clube negocia com o atacante uruguaio Santiago Silva, do Lanús (ARG), e com o lateral direito Madson, do Bahia.
"O Vasco não encerra seu ciclo de contratações agora, até porque ainda faltam uma ou duas peças. Depois deste trabalho consolidado, vamos sentar com a comissão técnica e ver aquilo que são necessidades pontuais para o Campeonato Brasileiro", informou.
Para retornar ao Vasco, Paulo Angioni abriu mão de um salário consideravelmente maior no Fluminense, tudo para cumprir sua palavra com o presidente Eurico Miranda e também como forma de gratidão ao clube que não esconde a paixão.
"A motivação que me trouxe ao Vasco é exatamente a gratidão que tenho por esse clube. Tudo que eu tive na minha vida, precisei dessa porta de entrada que foi o Vasco. Quando casei, estava no Vasco, quando minha filha nasceu, estava no Vasco. O Vasco tem toda uma história dentro do meu coração. Fora as relações de amizade. Conheço o Eurico há muitos anos. Temos uma relação estreita. Estou feliz. Obviamente que o trabalho é muito grande, intenso. Em qualquer clube o trabalho é grande, aqui é um pouco maior em função do histórico do Vasco nos últimos anos, mas estamos trabalhando forte pra recolocar o clube o caminho das vitorias", salientou.
Fonte: UOL
