Depois de despontar, marcar dois gols contra o Goiás no seu primeiro jogo como titular no Vasco - apenas o terceiro como profissional - em rápida ascensão nos profissionais do Vasco em 2013, Thalles viveu altos e baixos no ano passado. A valorização na renovação de contrato com o Vasco, a presença cativa em convocações da seleção sub-20 e algumas grandes partidas fazem parte da melhor fase de 2014. Mas a irregularidade, natural para a pouca idade, veio junto com uma queda de rendimento que se refletiu nos últimos oito jogos da Série B sem gols.
Agora sem as sombras de Kleber e Edmilson - os dois deixaram o clube -, Thalles inicia 2015 como - ainda - único jogador de área do ataque vascaíno. Embora o clube corra para fechar a contratação do uruguaio Santiago Silva, do Lanús, está depositada no garoto de São Gonçalo a esperança de gols e também de uma boa venda no clube. No orçamento para este ano, por exemplo, há previsão de mais de R$ 40 milhões em negociações de atletas.
Em 2014, já estava nos planos da gestão Roberto Dinamite vender o garoto para aliviar a crise econômica que parece não ter fim em São Januário. A falta de concorrência - pelo menos por enquanto - para Thalles no ataque não se explica apenas pelo limitado poder econômico de contratações do clube, mas também porque a missão é valorizar o jogador ainda mais. No ano passado, houve sondagens que não encheram os olhos dos dirigentes - o clube recebeu procura com proposta de 5 milhões de euros. Titular, ao lado de Gabriel, do Santos, na seleção sub-20 que vai disputar o Sul-Americano, Thalles quer fazer de 2015 o da afirmação.
Nos planos, muitos gols, pelo Vasco e pela seleção sub-20, para dar um salto maior na carreira: ser convocado para a seleção principal pelo técnico Dunga.
- 2015 tem que ser o meu ano - diz o jogador, em entrevista na Barra da Tijuca, na véspera da virada de ano.
Em um intervalo entre os treinamentos na Granja Comary, ele atendeu ao GloboEsporte.com e reconheceu que caiu de rendimento junto com o time, principalmente, na reta final da Segundona. Para o atacante do Vasco, não houve relaxamento e nem descuido com a forma física. Mas ele admite que 2014 poderia ter sido melhor.
- Acho que 2014 foi um bom ano, mas podia ter dado mais um pouco. Não só eu, mas o rendimento do time todo caiu e eu caí junto. Todo mundo esperava muito do Vasco na Série B. Mas, principalmente no final, demos mole. Acho que serviu de lição - afirma o atacante, emendando com as metas para esta temporada: - Tenho sonho de me manter na seleção, ganhar o Sul-Americano, o Mundial (duas competições sub-20 de 2015) e chegar na seleção principal. Só depende de mim. Se fizer um bom trabalho no Vasco e na seleção (sub-20), tenho tudo para ser lembrado pelo Dunga.
No grupo principal do Vasco, além de Thalles, mais nove jogadores da base vão fazer parte do elenco. Jordi, Luan, Jomar, Lorran, Henrique, Jhon Cley, Jônatas Paulista, Guilherme, Marquinhos e Yago sobem para Pinheiral nesta segunda-feira. O antigo entrosamento entre a garotada prata da casa pode fazer a diferença para um ano que promete ser de mais oportunidades para os garotos de São Januário.
- Claro que é bom ter jogadores experientes no grupo, como é o Guiñazu, como era o Douglas, que conversava muito comigo também. Mas os jovens que subiram têm qualidade para fazer um grande ano no Vasco em 2015. Já tenho entrosamento grande com Guilherme, fomos campeões da Taça Belo Horizonte juntos (2013), joguei com o Índio no juvenil. Acho que quem tiver a oportunidade de jogar, vai ajudar muito o Vasco - finaliza.
Fonte: GloboEsporte.com