Depois de um início de ano complicado no Corinthians, marcado por invasão de torcedores no CT e poucas oportunidades de entrar em campo, Douglas encontrou em São Januário a sua nova casa. O meia chegou ao Vasco com a missão de ser o comandante da equipe na luta para voltar à elite do futebol nacional. E ele rapidamente se adaptou ao ambiente da Colina, assumindo a camisa 10 e, após algumas rodadas, a braçadeira de capitão.
Mas o começo contou com alguns problemas. Involuntários, aliás. A regularização do jogador passou por um deslize. A documentação enviada à Ferj o "rejuvenesceu": Douglas, de 32 anos, aparecia como um garoto de 22. Erro corrigido, o reforço vascaíno estava pronto para estrear. E tome polêmica. Era para ele ter começado com um belo gol de falta, mas o auxiliar de linha Rodrigo Castanheira, mesmo bem colocado, não viu a bola entrar 33 centímetros no gol de Felipe. Mas entre altos e baixos durante todo o ano, Douglas encerrou a temporada com o artilheiro do Vasco na Série B.
ESTREIA MANCHADA
Douglas estreou com a camisa cCruz-maltina em grande estilo. Bastou uma partida para que assumisse a posição de "maestro" no Vasco, dominando as bolas paradas e comandando o meio-campo. No clássico contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca, o primeiro jogo do reforço vascaíno seria também marcado por um golaço ignorado pela arbitragem, e os torcedores não perdoaram.
DESENCANTOU
Depois do gol anulado contra o Flamengo, Douglas encontrou sua chance de desencantar no jogo contra o Madureira, ainda pelo Campeonato Carioca. Na vitória por 3 a 1 em Conselheiro Galvão, o meia deu assistência para o gol de Rafael Vaz e converteu o pênalti sofrido por Diego Renan, aos 35 minutos do segundo tempo, fechando o placar contra os donos da casa.
QUASE HERÓI
Apesar do pouco tempo de casa, Douglas ficou perto de entrar no seleto grupo de carrascos do Flamengo. O meia fez, de pênalti, o gol que daria o título do Campeonato Carioca ao Vasco pela primeira vez em 25 anos sobre o arquirrival – a quem não vence na decisão do estadual desde 1988. Mas um novo erro da arbitragem estragou o dia do camisa 10. Um gol de Márcio Araújo, em posição de impedimento, decretou o empate em 1 a 1, resultado que favorecia o adversário.
COM A BOLA ROLANDO...
Apesar da boa participação como "maestro" em campo e a forte presença no ataque vascaíno, o primeiro gol de Douglas com a bola rolando só aconteceu em outubro, na vitória por 1 a 0 sobre a Portuguesa, no Canindé. Até então, o camisa 10 havia marcado 10 gols: sete de pênalti e três de falta. O 11° viria de cabeça, em cruzamento de Marlon.
AMOR E ÓDIO
O Vasco atravessou dificuldades durante a Série B. Após sequência de quatro jogos sem vitória, alguns torcedores foram ao Aeroporto do Galeão cobrar os atletas, e Douglas foi o principal alvo das críticas dos vascaínos. A resposta, em campo, veio dias depois, com uma elogiada atuação no triunfo por 1 a 0 sobre o ABC-RN, no Maracanã. O maestro converteu o pênalti que assegurou o resultado e espantou a má fase.
ENQUANTO DUROU...
O ensaio do adeus de Douglas ao Vasco se deu antes da partida contra o Icasa, que viria a confirmar o acesso do Cruz-Maltino à Série A. O camisa 10 declarou que estava "solto" e livre para negociar neste fim de ano, quando seu contrato expiraria, e foi o que acabou acontecendo. Não muito depois do fim da Segundona, o jogador acertou seu retorno ao Grêmio, clube que defendeu em 2010 e 2011, a pedido de Luiz Felipe Scolari.
Fonte: GloboEsporte.com