O presidente do Botafogo-SP, Rogério Barizza, evitou criticar diretamente o técnico Doriva, que deixou o clube de Ribeirão Preto, com o qual havia acertado contrato no início da última semana, para dirigir o Vasco. O dirigente mostrou compreensão com a mudança do treinador, porém, lamentou como a negociação com o Gigante da Colina foi conduzida.
- No domingo pela manhã ele disse que tinha a proposta do Vasco, mas que ficaria no Botafogo. Mais tarde ele mudou e disse que não ficaria mais. Sei que existem pressões externas, empresários. Não sei se foi o sonho em dirigir um grande clube como o Vasco, ou se o dinheiro falou mais alto. Mas pelo pouco tempo que convivi com ele, o Doriva me pareceu um cara de caráter. Vamos dizer que o futebol é antiético, precisava mudar muitas coisas aqui no Brasil. Infelizmente, fatos assim têm acontecido com frequência e a maioria vê como normal. Uma pena - afirmou Rogério Barizza, durante a apresentação de Alexandre Ferreira, nesta segunda-feira, como substituto de Doriva.
Não foi a primeira vez que o Botafogo anunciou um técnico e, antes de estrear na competição, precisou mudar o comando. Em 2013, o clube acertou com Pintado em outubro, porém, no início de dezembro, quando ele iria iniciar a pré-temporada, rescindiu o contrato para comandar o Cruz Azul, do México. Na ocasião, a direção do Pantera contratou Wagner Lopes em seguida.
- Estamos apresentando muitos técnicos por aqui (risos). Mas acho que até é um bom sinal. Significa que temos acertado nos nomes, são técnicos cogitados em grandes clubes. Os grandes estão voltando a olhar para o Botafogo, para nossos treinadores e jogadores.
De acordo com o presidente do Botafogo, o contrato de Doriva terminaria ao fim do Paulistão de 2015 e previa multa. O valor não foi revelado. O Pantera estreia no estadual no dia 1º de fevereiro, contra o Rio Claro, fora de casa.
Fonte: GloboEsporte.com