A opção da diretoria do Vasco de abrir mão do modelo profissional para a gestão do futebol custará caro ao clube _ consequentemente, a seu torcedor.
Por ora, não significa dizer que não dará certo. Mas vai precisar de um tempo.
O presidente Eurico Miranda é tido pelo mercado como um cartola de difícil trato e seu vice de futebol José Luís Moreira, o "Zé do Táxi", por mais que se doe, esbarra no modelo que rege as negociações.
Hoje, representantes de técnicos e jogadores preferem a postura fria e profissional dos executivos de futebol do que a ter que negociar com dirigentes amadores e apaixonados.
Principalmente, quando a instituição envolvida atravessa delicada situação financeira e os dirigentes em questão não oferecem a confiabilidade necessária.
Vai sofrer o Vasco...
RISCO.
Há quem garanta de pés juntos que este foi um dos motivos que levaram o técnico Marquinhos Santos a rever sua decisão de trocar o Coritiba pelo Vasco, 72 horas após receber o convite dos cartolas vascaínos e 24 horas depois de dizer que aceitava a proposta.
Aos 35 anos, jovem para a função, com a esposa necessitando de cuidados médicos especiais, ouviu conselhos desabonadores sobre o desafio de chegar num clube que vive um momento de transição política e administrativa.
E refugou, acreditando que ainda não era o momento de um voo tão arriscado.
Nada mais sensato, compreensível e elogiável.
Talvez, se a negociação tivesse sido conduzida por um gestor profissional, o aceite de Marquinhos Santos não tivesse se transformado num anúncio oficial no site do clube antes da assinatura de um contrato.
Fonte: Blog Futebol, Coisa & Tal - Extra Online