O MAIS ANTIGO BRASÃO DO VASCO!
A Nau Vascaína já era retratada em 1899
É de conhecimento de todos os vascaínos que o escudo da fundação do Club de Regatas Vasco da Gama é a Cruz da Ordem de Cristo (designada ordinariamente de Cruz de Malta), sendo até hoje ostentada no peito de cada atleta cruzmaltino.
Segundo a tradição, o primeiro brasão contendo a nau seria reproduzido no início do século XX, a partir dos Quadros de Honra das primeiras conquistas do remo no início do século XX, evoluindo para o dístico que conhecemos hoje*.
No entanto, há outro mais antigo, utilizado a partir no segundo ano de fundação do clube, em que a nau vascaína já era representada. Este brasão primitivo está registrado documentalmente em um impresso oficial do clube, em exposição no salão de troféus, está datado de 1.º de setembro de 1899, menos de dois meses após a primeira cisão do quadro social, provocada pela decisão da maioria dos sócios que preferiu transferir a sede do Vasco na Ilha das Moças, no Santo Cristo, para a Travessa do Maia, n.º 15, no Boqueirão do Passeio, gerando com isto a renúncia da maior parte da diretoria que entendia ser melhor sediar o clube na praia de Botafogo, longe portanto da maior parte dos sócios atletas que moravam mais próximos do centro da cidade, na região portuária.
A partir do registro iconográfico, foi possível o resgate da memória vascaína. Num livre exercício de recriação, apresentamos acima como seria o primeiro brasão do Vasco.
O primitivo símbolo carrega em sua nau uma curiosa carranca cuja identificação não nos é possível hoje precisar. Parece-nos ser a cabeça de uma ave que pode ser o Falcão Peneireiro de Portugal ou uma Procelária**, cujo nome batizou a yole a 8 remos que conquistou o primeiro campeonato de remo para o Vasco em 1905. Fica a especulação.
* A evolução dos símbolos vascaínos como apresentados por Mauro Prais em seu site hospedado na Netvasco:
http://www.netvasco.com.br/mauroprais/vasco/histor1.html
** Gênero de aves marinhas que, aparecendo sobre as ondas, são prenúncio de procela (sinônimo de tempestade, tormenta etc.)
Fonte: Blog Memória Vascaína