O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, disse hoje (3) que o repasse de verbas para clubes esportivos melhora a eficiência e a eficácia dos investimentos públicos no incentivo à prática esportiva. Os primeiros 24 projetos com verbas do ministério, por meio da Lei Agnelo/Piva, foram escolhidos no fim de novembro. De 2011 a julho de 2014, o valor para subsidiar a formação de atletas de base acumula R$ 150 milhões.
Segundo o ministro, os projetos foram apoiados pelo Programa Segundo Tempo. Agora, serão repasses diretos da Lei Agnelo/Piva. Explicou que uma parte é para o Comitê Olímpico, uma segunda para o Comitê Paraolímpico e outra para os clubes. "Quando discutimos os repasses, também discutimos a contrapartida, que é o clube abrir para a população de baixa renda o acesso à prática do esporte”.
O ministro participou hoje (3) do 19º Encontro da International Association of Sport Economists (Iase), na Fundação Getulio Vargas. Rebelo disse que, como os clubes já tem estrutura física e administrativa, isso torna o uso do recurso público mais eficiente.
“Você destina dinheiro a um clube de futebol, como o Flamengo, que também é social e mantém várias atividades e modalidades olímpicas e não olímpicas. Quando examinamos esses clubes, observamos que eles têm estrutura, piscina e quadra. Todos têm estrutura administrativa própria, com diretor, gestor contador, vigia, técnico e fisioterapeuta. Quando o governo destina recurso para eles, potencializa o recurso, porque não precisa construir nada, nem fazer concurso para contratar ninguém. Então, reduz o gasto do governo e amplia a possibilidade de, com menos recurso, alcançar mais pessoas”.
Diretora do Departamento de Planejamento e Gestão Estratégica do ministério, Cassia Damiani apresentou dados sobre investimentos em esporte no Brasil. Segundo ela, o apoio direto aos clubes aumentou 420% nos últimos três anos. Acrescentou que o Bolsa Atleta já investiu R$ 430 milhões para atender 7 mil esportistas de alto rendimento.
Fonte: Agência Brasil