O melhor time de basquete que o Vasco já teve tinha no americano Charles Byrd sua figura-símbolo. Destaque, cestinha e ídolo da torcida, o ex-jogador, aos 48 anos, sumiu do noticiário nacional, mas sempre é lembrado com carinho na memória afetiva cruzmaltina. Mas por onde anda Charles? O Globo Esporte o encontrou em Amarillo, cidade do Texas, nos Estados Unidos, e desempenhando uma profissão inusitada: Byrd trabalha como agente penitenciário. Tomar conta de jovens de 10 a 17 anos, que cometeram algum tipo de crime, é bem diferente do ofício que desempenhou no Brasil no fim da década de 90 (assista à reportagem completa no vídeo abaixo).
O grupo marcou história dentro do clube. Em um período de quatro anos conquistou todos os títulos possíveis: campeão brasileiro, campeão sul-americano, liga sul-americana, e chegou ao vice-campeonato mundial, perdendo apenas para o time americano San Antonio Spurs na final. Este último mereceu um registro na parede de sua casa.
- Acho que foi o melhor momento que vivi no Vasco. O primeiro time brasileiro a chegar àquela final. Quando voltamos ao Brasil, os torcedores nos receberam no aeroporto e carregaram a gente nos ombros. Outra lembrança boa que tenho são as vitórias contra o Flamengo no Maracanãzinho. Todo mundo me conhecia. Os flamenguistas não gostavam de mim – disse ele, em entrevista do Globo Esporte.
Byrd guarda em uma caixa de recordações as manchetes deste período e as medalhas conquistadas com clube carioca. Ao relembrar esses momentos, ele confessa que não foi fácil se aposentar do basquete.
- Eu viajava muito e ficava muito fora de casa. Chegou uma hora que precisei parar e cuidar da minha família, dos meus filhos. Foi quando resolvi deixar o basquete e procurar um emprego normal.
Mas os dias de glória no Vasco e a paixão pelo Brasil ainda o fazem pensar em retornar ao esporte.
- Às vezes vendo um jogo eu falo: "Acho que dá para jogar pelo Vasco ainda, vou voltar". Minha filha diz que já estou velho, já passei da idade, mas eu penso nisso. O Vasco era uma família. Se eu tivesse uma proposta para voltar, acho que aceitaria, arriscaria. Minha vida está mais tranquila hoje e eu poderia tentar.
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Fonte: GloboEsporte.com