No início de fevereiro passado (publicação no Diário Oficial da União no dia 06), o remo do Vasco teve um alento em meio à crise em que está imerso nos últimos anos: com o clube voltando a ter as Certidões Negativas de Débito, um projeto para o remo vascaíno no valor de R$ 5,7 milhões, via Lei de Incentivo ao Esporte foi aprovado pelo Ministério dos Esportes e estava apto à captação. O prazo era o dia 1° de dezembro, e o próximo passo era procurar os recursos perante empresas interessadas. Leia os detalhes do projeto clicando aqui e veja como noticiamos em primeira mão a aprovação do mesmo em fevereiro.
Entretanto, a dez dias do esgotamento do prazo, nenhum centavo conseguiu ser captado junto a empresas, que, de acordo com a Lei, podem se isentar do pagamento de 6% do seu Imposto de Renda, que seriam revertidos ao clube, que exporia a marca desta pessoa jurídica em barcos, na Sede Náutica etc.
E o pior: o Vasco não poderá sequer prorrogar o projeto (com o nome de “Centro de captação de novos talentos Vasco da Gama”), já que está com as certidões atualizadas. Ou seja, o clube está na iminência de perder uma oportunidade. O projeto consistia na reestruturação material do clube, que está com um enorme déficit em termos de barcos, remos, remoergômetros etc.
Responsável pela confecção do projeto e coordenador-técnico da Divisão de Remo do Vasco, Marcelo Neves conversou com o blog CRVG – Em Todos os Esportes e expôs sua lamentação acerca da iminência da perda do projeto. Por outro lado, fez questão de afirmar outro projeto pode ser aprovado, não sendo esta perda “o fim do mundo”. Porém, faz questão de enfatizar que é fundamental que o clube tenha as CNDs:
- Não conseguimos até o momento fazer a captação do projeto, e este prazo termina no dia 1° de dezembro. Poderia haver a prorrogação do mesmo, mas para isso temos que ter as Certidões Negativas de Débito (CND) atualizadas, mas não as temos no momento. Torço para que nesses próximos dez dias aconteça algo neste sentido, mas se não acontecer vamos perder o projeto. Isto significa que perdemos uma possibilidade, mas que não é o final do mundo. Podemos refazer o projeto e apresentá-lo novamente ao Ministério dos Esportes para obter uma nova aprovação. Nós já sabemos o caminho.
O treinador reconhece que talvez o valor estipulado no projeto fosse muito alto e tenha afastado empresas, e agora cogita confeccionar projetos que abranjam uma soma menor de recursos:
- Podemos, inclusive, fazer um projeto melhor, um projeto de repente com o valor menor para facilitar a captação, e buscar exatamente o que esse projeto iria nos beneficiar: a reestruturação material do nosso departamento. É uma situação ruim, estávamos com a possibilidade de prorrogá-lo, mas não podemos fazê-lo no momento. Se não conseguirmos desta vez, vamos fazer um projeto melhor ainda. Cada clube pode colocar até seis projetos, mas, para fazer um novo projeto, precisamos também das certidões. É esperar esta condição, que nós já tivemos.
Em um momento em que está havendo troca de diretoria no clube como um todo e, em especial, no remo, o treinador relembra que, em 2008, último ano de Eurico Miranda à frente do clube, o Vasco tinha a condição de ter as Certidões:
- Em 2008, quando a direção que vai assumir agora aqui estava, as CNDs estavam ok, tudo certinho. Perdemos, mas conseguimos reconquistá-las no ano passado. Fizemos um projeto, aprovamos o mesmo, e é esperar. Tenho certeza de que coisas boas virão e nós vamos voltar a ser competitivos novamente, voltar a ganhar os campeonatos que a gente ganhou – encerrou o treinador.
Fonte: Blog CRVG Em Todos os Esportes