Em setembro de 2013, ídolo do Vasco e diretor executivo das categorias de base do clube cruzmaltino, Mauro Galvão, rasgava elogios ao atacante da base do Vasco que se destaca em seu primeiro anos de juniores: “Thalles é um jogador moderno e acredito que dentro de dois anos ele pode estar no time profissional”.
Os elogios vieram depois de uma série de boas atuações da jovem promessa vascaína na Taça Belo Horizonte, vencida pela equipe carioca com enorme contribuição do atacante de então 18 anos, mas cuja altura e força física, aliada à técnica apurada e ao poder de arremate preciso já davam provas de que não demoraria tanto tempo para subir ao time profissional. Thalles foi descoberto pelo filho de Eurico Miranda, Álvaro Miranda, em um jogo do seu time na época, o Itaboraí Profute, contra o Vasco.
Dos dois anos previstos por Mauro Galvão, Thalles precisou de pouco mais de um mês para estrear no time principal do Vasco, diante do Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro de 2013. Menos de uma semana depois, já atuou como titular, de cara marcando os dois gols do Vasco na vitória sobre o Goiás por 3 a 2 pela Copa do Brasil.
O atacante marcou 13 gols na temporada. Ele também vem se destacando com a camisa da Seleção Brasileira que vai lutar pelo ouro nos Jogos do Rio em 2016.
Convocado para a Seleção Brasileira sub-21 em 2014, o atacante já conquistou dois títulos internacionais: nos torneios de Toulon, na França, e de Valência, na Espanha. Como tamanha “estrela” e já alguma bagagem nas costas, não é difícil imaginar o atacante, ao lado de Neymar, na luta pelo primeiro título olímpico do futebol brasileiro em 2016, no Rio de Janeiro.
No entanto, o jogador, que respondeu por e-mail a algumas das perguntas enviadas pela reportagem do CRAQUE, a primeira entrevista do possível novo ídolo do futebol brasileiro para um jornal amazonense, evitou, no entanto, falar de um futuro que vá além da meta imediata do Vasco da Gama para a temporada: voltar para a Série A do futebol brasileiro.
“Meu foco neste momento é ajudar o Vasco a voltar para o seu devido lugar, a Série A do Campeonato Brasileiro, e vamos lutar com todas as nossas forças para isso”, declarou o jogador, que já veio a Manaus duas vezes para jogar pelo Gigante da Colina e se mostrou encantado com a Arena da Amazônia e a nação vascaína em Manaus.
“A Arena da Amazônia é um dos estádios mais bonitos que joguei até hoje e a torcida do Vasco em Manaus, nem se fala, é maravilhosa! Com certeza o carinho da torcida vascaína que recebi em Manaus foi o que mais me marcou”, declarou o atacante, que falou ainda sobre Seleção Brasileira, Série B e até sobre o “paizão” Joel Santana, técnico do Vasco.
A Crítica: Thalles, você vem sendo tratado como uma das maiores, senão a maior revelação de 2014. O que dizer sobre isso, acha que já fez por merecer essa condição?
Trabalho todos os dias para mostrar o meu futebol. Está tudo dentro do que planejei na pré-temporada, pois sabia do meu potencial e que dependia só de mim. Me dedico muito nos treinamentos e dentro de campo, está sendo muito legal e vou continuar trabalhando forte para manter isso.
A Crítica: Na reta final da Série B, o Vasco corre risco até de não subir (pergunta feita antes do jogo entre Ceará e Vasco, disputado no sábado, 15). Como você sente o clima dentro do clube? Há tensão nos bastidores ou os jogadores estão confiantes no acesso?
Meu foco neste momento é ajudar o Vasco a voltar para a Série A e vamos lutar com todas as nossas forças para isso.
A Crítica: O técnico Joel Santana chegou e deu uma cara nova ao time do Vasco. Qual a sua relação com o treinador? Ele já chegou a cobrar você numa partida em que você não foi tão bem mas também te elogia muito publicamente. Qual a sua relação com o treinador e como você avalia tecnicamente o trabalho que vem sendo realizado no Vasco?
O Joel é um excelente treinador. O jeito dele conquista qualquer um, porque é paizão, um cara superlegal e divertido. Além disso, está me ajudando muito. É uma experiência única pra mim trabalhar com ele.
Fonte: A Crítica