Eleito presidente do Vasco para o triênio 2015/16/17 na madrugada desta quarta-feira, Eurico Miranda afirmou que fará uma administração de portas abertas. Porém, não serão bem-vindas pessoas que não pensem em absoluto no bem total do clube, nas suas palavras. Nas eleições realizadas nesta terça-feira, a chapa "Volta Vasco! Volta Eurico!" recebeu 2.733 votos, mais do que os outros dois concorrentes somados, e recolocará Eurico no cargo que ocupou de 2001 a 2008.
- O Vasco terá uma administração de portas abertas, mas não para aqueles que causaram danos ao clube e para aqueles que têm interesses pessoais, ódio por fulano ou ciclano, que não é o caso. O Vasco precisa de pessoas que efetivamente entendam que o Vasco precisa delas. Se entenderem dessa maneira, então serão perfeitamente bem vindas - disse, em entrevista à Rádio Tupi na noite desta quarta.
Eurico Miranda ainda revelou quais serão duas primeiras medidas assim que assumir o clube, em 1º de janeiro. Uma delas será de questão psicológica e afetiva, a de recuperar o respeito à entidade. A outra é de caráter financeiro, de tornar o Vasco novamente adimplente para pagar suas dívidas.
- Posso dizer que a primeira providência que vamos ter, ao assumir, é que o respeito voltará ao Vasco, internamente e externamente. Interna é não permitir que certas coisas aconteçam, como ontem, quando a gente realizou uma eleição em um ginásio que foi palco de conquistas de basquete e de futsal e que estava com piso de cimento. Isso eu considero um desrespeito interno ao Vasco. A externa é a forma como o Vasco vem sendo conduzido e tratado. Ao mesmo tempo, vejo que alguns setores ainda não conseguiram engolir essa resposta do quadro social. Um deles chegou a dizer que a minha volta à presidência seria um retrocesso. Cada um tem a sua visão de retrocesso... Eles têm de me respeitar, respeitar a presidência do Vasco. Passar a tratar com o respeito que esse cargo merece e exige. Estamos com disposição de resgatar o Vasco, restaurar aquilo que foi destruído e colocar o Vasco no lugar dele. A gente não faz a promessa de que tudo será resolvido, mas que tudo será enfrentado. Não tenha dúvidas de que vou buscar isso - afirmou, completando:
- Quando deixei o clube, ele estava totalmente equacionado. Se tinha dívida ou não, era outro problema, mas era equacionado. Hoje não está. E tem uma dívida muito maior do que aquela que foi deixada, se é que se pode dizer assim. No meu entendimento, a dívida efetivamente só existe quando não está equacionada. O clube passa a ser devedor quando não cumpre com aquilo que foi equacionado e passa a ser inadimplente. Eu não deixei o Vasco assim, e hoje ele está. Então, tem de deixar o Vasco, primeiramente, adimplente.
No total, 5.592 sócios compareceram à Colina para votar nesta terça. Houve 60 abstenções e 60 votos computados, mas que não foram validados por inadequação com as regras da eleição - inadimplência ou fora do prazo do ponto de corte, por exemplo. A chapa "Sempre Vasco", de Julio Brant, foi a segunda colocada, com 1.570 votos. Em seguida, ficou a "Identidade Vasco", de Roberto Monteiro, com 1.155.
Este foi o pleito com mais votantes na história cruz-maltina. O recorde anterior havia colocado frente a frente Antônio Soares Calçada e Eurico Miranda em 1985. Foram contabilizados 5.553 votos, com vitória de Calçada por diferença de 369 votos - o presidente de honra do clube recebeu apoio nas urnas de 2.961 sócios contra 2.592 de Eurico.
Fonte: GloboEsporte.com