Uma nova lista de sócios causou tumulto nas eleições para a presidência do Vasco da Gama. Apesar de recadastrados e adimplentes, 46 pessoas viram seus nomes "sumirem" da lista de eleitores aptos para voto, segundo o Ministério Público. Por determinação do MP, o clube ligou para todos esses associados e garantiu a eles o direito ao voto.
As informações, entretanto, foram desencontradas, fazendo necessária uma nova lista para confirmar, manualmente, se os eleitores estariam aptos. Além da grande fila que causava mais de uma hora de espera para quem quisesse votar, sob forte calor, os sócios também tinham reclamações no que concerne às condições para votação. Por pouca clarividência do estatuto, muitos dos associados se equivocaram com a data limite para regularização da situação.
"Questionei sobre o porquê de essas pessoas não poderem votar e o que pude constatar é que eles não estão inadimplentes e foram recadastrados, mas na tarde de ontem, um diretor determinou que essas pessoas não votassem, sem, até agora, motivos claros para isso", disse Paulo Sally, promotor enviado pelo MP para acompanhar a lisura da eleição.
Os votos desses 46 associados serão colocados em uma urna em separado e só após o pleito será decidido o que fazer com as cédulas.
Sócios aptos para voto seriam apenas os que tivessem toda a situação regularizada no aspecto financeiro até um mês antes da primeira eleição, marcada para o dia 6 de agosto. O Ministério Público e a Polícia Civil acompanham o andamento das eleições no Vasco, à pedido da chapa "Sempre Vasco", que lança Julio Brant como candidato.
Às 14h, a lista divulgada pelo Vasco da Gama, com cerca de 13 mil sócios aptos para votação, foi para a secretaria. O objetivo, segundo fiscais, era de que a confirmação fosse feita manualmente, haja vista que os problemas com o sistema acabavam por retardar o atendimento dos associados.
Fonte: ESPN.com.br