Entrevista com Roberto Monteiro, candidato a presidente do Vasco
‘São 650 funcionários. Quero reavaliar a função de todos’, diz
Ex-vereador do Rio e ex-presidente da maior organizada do clube, o advogado e candidato Roberto Monteiro defende 'choque de gestão' na presidência do Vasco.
Quais os planos em relação à dívida do Vasco e para aumentar as receitas?
O primeiro é dar um choque de gestão, não pode gastar mais do que puder. O Vasco aumentou a receita nos últimos anos, mas aumentou os gastos sem nenhum critério. São 650 funcionários, muitos com altos salários, e é necessário reavaliar a função de todos. A receita do futebol é só para o futebol. E vamos buscar parceiros. Há uma inércia hoje. Dependemos da benevolência do governo para o patrocínio "master" e não buscamos privados. Temos um terreno em Vargem Grande, vou apresentar um projeto para construir um CT lá e vou buscar entre os sócios, entre os benfeitores, remidos, as receitas para fazer o CT. É uma característica da história do Vasco buscar receitas dentro do próprio clube.
O Vasco tem um elenco com vários jogadores em fim de contrato. O que pretende para o futebol?
A gente não vai trazer grandes jogadores que não possa pagar. Defendo modelo profissional. Gostaria de permanecer com o (diretor executivo) Rodrigo Caetano. Vamos assumir com salários atrasados e jogadores de saída. Não dá para dizer que em um mês vamos atrair milhões e milhões. Vamos dialogar com credores e buscar parceiros. Que podem investir, por exemplo, em jogadores das divisões de base.
E sobre São Januário?
Há um projeto para dobrar a capacidade para 34 mil presentes. Temos uma carta de uma empresa que administra shoppings que tem interesse de investir R$ 50 milhões na reforma de São Januário. Seria construído um shopping, onde hoje é a piscina. Não teria mais o parque aquático como hoje. Quero levar esse debate ao sócio.
Fonte: O Globo