Entrevista com Julio Brant, candidato a presidente do Vasco
‘Sou o anti-Eurico. Tudo o que ele pensa, penso o contrário’, diz o empresário
O empresário Julio Brant já anunciou que Felipe terá lugar na sua diretoria de futebol. Ele quer mudar o perfil da dívida vascaína.
Quais os planos em relação à dívida do Vasco e para aumentar as receitas?
O principal é gerir a dívida. Metade da dívida total do Vasco hoje é fiscal. E cerca de 26%, trabalhista. É uma dívida ruim, criada por má gestão, e não por investimentos no clube. Nem o Vasco sabe realmente o que deve, volta e meia cai uma penhora na cabeça. Dívida você gere, tem de trocar a dívida mais cara. O Vasco paga hoje empréstimos de (juros de) 32% ao ano. É absurdo. Eu vou pagar as mais emergenciais, para evitar a explosão do custo, auditar as dívidas que têm controvérsia e buscar empréstimos de prazo longo e custo baixo. Além disso, outra nova fonte de receita será o programa de sócio. Temos atualmente, pagando, cerca de oito mil sócios. Dá tranquilamente para chegar ao fim da gestão com 40 mil sócios.
O que pretende para o futebol?
Ainda vou conversar com o Rodrigo (Caetano). Teremos um comitê gestor do futebol, formado pelo presidente do clube, o vice-presidente de Finanças e três pessoas do futebol. Uma delas será o Felipe, um ídolo do clube. Teremos mais outro ex-jogador, ainda não anunciado, e um terceiro com perfil executivo, com conhecimento de mercado do futebol. O Edmundo não integrará o comitê, mas será um conselheiro nosso.
E sobre São Januário?
Temos um projeto pronto para levar a capacidade para 30.590 lugares. E abrir grande espaço comercial, o que elevará as receitas com o estádio. Vamos vender cadeiras cativas, numa concessão por 25 anos. Só com a venda de cativas, é possível fazer, por exemplo, R$ 75 milhões, se você vender cinco mil cadeiras a R$ 15 mil cada uma.
Fonte: O Globo
