O pouco de credibilidade que resta no Vasco, hoje, tem nome e sobrenome: Rodrigo Caetano. Coube ao diretor-executivo fazer o papel dos jogadores — hostilizados sábado na chegada ao Rio por torcedores que cobravam dedicação — e tentar selar a paz para o grupo trabalhar com tranquilidade no dia a dia, visando o jogo de sábado, contra o ABC-RN, no Maracanã.
Ao lado da grade que cerca o campo do CFZ, monitorado por seguranças a paisana e policiais, e com acesso restrito pelos portões, o dirigente gaúcho ergueu a bandeira branca e jogou a toalha pelo título, mas discursou pela honra e tradição do clube, que vive semana de eleição presidencial.
— O nível de comprometimento (dos jogadores) é elevado, mas temos problemas estruturais e financeiros. Se algum atleta se sentisse sem vontade de jogar no Vasco teríamos enfrentado esses problemas lá atrás, na janela de transferências. Realmente são as dificuldades impostas pelos adversários, e temos que ter humildade para competir no mesmo tom. A confiança neles vai existir, mas temos uma certa tristeza porque queríamos estar disputando o título, e hoje estamos disputando a vaga — ressaltou Caetano, que se escalou para a coletiva de imprensa.
Uma espécie de arquiteto que projetou o Vasco de 2014, o diretor é a voz de comando que restou e o que mais aparenta se incomodar com a possível não classificação à Série A. O técnico Joel Santana, que foi ao médico e não apareceu no treino, costuma ressaltar que chegou há pouco mais de um mês, e os jogadores reconhecem o mau desempenho jogo após jogo, nada além disso.
Poucos de fato demonstram a indignação cobrada, apesar de Rodrigo Caetano defender seu grupo e pedir novo voto de confiança.
— A angústia do torcedor é igual à nossa, queríamos estar em situação confortável, dependemos das nossas forças. Precisamos de um ambiente favorável, não hostil.
Fonte: Extra Online