Não houve treino no Arruda nesta quinta-feira. Uma longa reunião entre jogadores e comissão técnica, nos vestiários, acabou causando estranhamento. Após quase duas horas depois do previsto, os massagistas corais foram os únicos que subiram para o gramado. Recolheram o material e deram o primeiro sinal que não haveria mesmo nenhum tipo de movimentação no estádio. Em seguida, a assessoria de imprensa confirmou a informação, enquanto os atletas deixavam o local nos seus respectivos carros. O motivo da greve, que pode perdurar, foi os dois últimos meses de salários atrasados.
A mesma situação já havia acontecido recentemente numa outra vez na temporada. Em 25 de setembro, antes de o Tricolor enfrentar o América-MG, em Belo Horizonte. Na ocasião, os trabalhos começaram com 1h15 de atraso para definir também o pagamento de salários atrasados e premiações. Diferente desta vez, em que os atletas resolveram adotar uma postura bem mais radical.
O coordenador de futebol Sandro Barbosa tentou contornar o imbróglio. "O clube passa por um momento financeiro difícil. Ontem (quarta), completamos os dois meses de atraso. Antigamente, só se pagava só atletas e funcionários. Agora, na gestão do presidente Antônio Luiz Neto, pagamos os jogadores todos juntos. A folha é alta e procuramos, na medida do possível, honrar os nossos compromissos sem esquecer de ninguém. Estamos pagando compromissos do passado ainda, como o 'bicho' do acesso à Série C", argumentou Sandro, que ainda não sabe se os corais voltarão da greve nesta sexta-feira - quando está agendado um treino na Arena Pernambuco para a partida contra o Vasco, no sábado..
"Vou ligar para cada um deles. Quando acabou a reunião, foram todos embora. Deixei eles bem à vontade para avaliarem situações. Espero que eles possam refletir melhor e voltem a treinar normalmente", falou Sandro.
Fonte: Superesportes