Uma reunião no início da semana ainda não serviu para definir como serão preenchidos os dois cargos vagos na Assembleia Geral do Vasco. Desde a renúncia de Olavo Monteiro de Carvalho e de Antônio Gomes da Costa, respectivamente ex-presidente e ex-vice-presidente do poder eleitoral vascaíno, que a pasta está sem comando. Há uma divergência sobre qual caminho seguir para encontrar a solução. O presidente do Conselho de Beneméritos, Eurico Miranda, queria que Abílio Borges, presidente do Conselho Deliberativo, acumulasse os cargos para convocar as eleições do clube, mas outros membros de poderes temem que a solução crie novos problemas no processo eleitoral do clube.
O estatuto do clube prevê que "compete ao Conselho Deliberativo eleger o presidente e o vice-presidente da Assembleia Geral, se ocorrer a vacância de qualquer desses cargos", conforme o artigo 81, inciso VI. Para isso, Abílio Borges teria que convocar os conselheiros para votação o quanto antes. Cotado para ser indicado para a presidência da Assembleia Geral, o presidente do Conselho Fiscal, Helio Donin, considera a votação no Conselho a melhor solução para eleger os novos representantes do poder.
- Não está fácil de resolver esse caso da vacância dos cargos, porque nós temos uma ideia e o Eurico tem outra. Ele quer que Abílio acumule os cargos, mas nós achamos inviável, porque faltaria pessoas na mesa diretora da eleição. Lá (na mesa diretora) se prevê que tem que estar o presidente e o vice-presidente da Assembleia Geral e o presidente e o vice-presidente do Conselho Deliberativo. Se eles acumularem esses cargos, ao invés de quatro pessoas na mesa seriam somente duas. Não ficaria como manda o estatuto. Pelo que nós levantamos, o viável seria o Abílio convocar a reunião do Conselho para eleger esses dois cargos. Espero que a gente consiga definir logo isso. Se o Abílio concordar, ele já faz a convocação do Conselho Deliberativo e decidimos isso na reunião - disse Donin.
Com a ressalva de que não queria assumir “esse abacaxi, esse rabo de foguete”, de conduzir o processo eleitoral do clube, Donin encontrou o presidente do Vasco, Roberto Dinamite, para reunião nesta quarta-feira. Ele quer chegar a um consenso para “ter uma eleição tranquila e evitar a Justiça”.
- Eu não aceitaria (ser presidente da Assembleia Geral), mas a gente fica com pena das coisas todas, a situação do Vasco sempre caótica, sempre com problemas. Como meu nome foi ventilado e todos aceitam, inclusive o Eurico, falei que se é para ajudar o Vasco, se não tiver outro nome, eu aceitaria. Mas teria que ser referendado no Conselho Deliberativo - lembrou o presidente do Conselho Fiscal. Aliás, se for eleito presidente da Assembleia, Donin deixa esse cargo para não acumular funções na diretoria do clube.
Na semana passado, Abílio dizia que a solução seria tomada em poucos dias. Ele lembrava também que não presidiria a Assembleia Geral, apesar de ter comandado uma das reuniões com a chapa, na ausência do ex-presidente Olavo. Toda a diretoria do clube - com exceção do presidente do Conselho de Beneméritos, Eurico Miranda - está mantida no poder graças a uma liminar na Justiça, que ainda não foi julgada pelo desembargador Camilo Rulière. No início desta semana, ele indicou uma turma da Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro para analisar a questão em julgamento que ainda não tem data marcada.
Fonte: GloboEsporte.com