Já são três suspensões na Série B, fruto de seus nove cartões amarelos. Na temporada, o somatório chega aos 16. Com seu estilo aguerrido em campo, Guiñazu, sempre autêntico, não faz rodeios quando é questionado sobre o excesso. Para não deixar dúvidas, é claro ao afirmar que não irá mudar.
"Joguei sempre assim e não vou mudar agora, com 36 anos. Gosto muito de ver futebol e, às vezes, vejo que sai gol porque o cara não quis fazer uma falta, e aí ninguém fala nada. Se tivesse cortado o lance, não teria saído o gol", declarou.
Sempre bem humorado, o argentino ainda foi sincero ao dizer que esperava ser suspenso antes. Ele recebeu o terceiro cartão amarelo após quatro jogos.
"Achei que ia sair até antes (risos). Vou sempre querer tomar cartão para salvar uma bola perigosa. É sempre tentando fazer o melhor e evitando o perigo no nosso gol", enfatizou.
Guiñazu não atuou na última rodada, contra o Boa Esporte, na vitória por 2 a 0 em São Januário. Para ele, ficar de fora se torna uma dura agonia.
"Eu fico muito nervoso. Esse nervosismo me leva a não dormir no dia anterior. Fico dando chute no ar, no bom sentido. Quando você está dentro de campo, sabe que pode ajudar. Fora, não tem jeito. Fica apenas torcendo muito", disse.
Seu acúmulo de cartões, porém, fez com que o meia desfalcasse o Vasco na decisiva partida contra o Atlético-PR, na última rodada do Brasileirão da Série A do ano passado, que culminou no rebaixamento do clube.
Apesar das suspensões, o argentino é um dos jogadores mais queridos pela torcida do Vasco e é apelidado de "pit bull".
Fonte: UOL