Foram 17 meses de sofrimento, segundo o próprio Joel Santana. Mas o retorno ao mundo do futebol está fazendo bem ao treinador. Em alta no Vasco, o comandante está invicto após um mês de trabalho: são nove jogos, cinco vitórias, quatro empates e aproveitamento de 70%. Após o triunfo sobre o Boa Esporte, que fez o Cruz-Maltino igualar o número de pontos da líder Ponte Preta (perde no critério de desempate), Joel fez uma pequena reflexão.
- Vocês se lembram a última vez que um treinador foi aclamado no Vasco? É difícil. Não foi por causa da vitória, mas porque a torcida começou a acreditar no trabalho. Também gosto de palmas, não de ser cobrado apenas. Poder sair na rua e ser abraçado pelo torcedor. Isso me dá prazer até hoje. A gente sofre, mas vale a pena. E como eu sofri nesses últimos 17 meses... Tudo o que tenho na vida eu devo ao futebol - lembrou.
Além dos bons resultados, o mês de trabalho em São Januário também reservou um susto na vida pessoal do treinador. Joel foi submetido a uma cirurgia de emergência para a retirada da vesícula. Passado o problema, ele lembrou que a pressão sobre os treinadores de futebol no Brasil é exagerada.
- Saúde em primeiro lugar, mas pressão é realmente grande. Vi uma reportagem recente sobre o grande número de demissões. É difícil trabalhar assim. O Abel é campeão do mundo, da Libertadores e viveu uma grande pressão após a derrota para a Chapecoense. Sempre esquecem os resultados construídos antes. Pode até ter igual a ele no mercado, mas melhor não tem. O cara é campeão do mundo! Chega um estágio na vida que seu status muda. Tem treinador cinco, quatro, três estrelas. Não me acho melhor do que ninguém, mas entre os dez do Brasil eu estou - disse.
Depois de dois dias de folga (sábado e domingo), o elenco do Vasco se reapresenta na tarde desta segunda-feira no CFZ. A equipe terá a semana toda para treinar e volta a campo no sábado para enfrentar o Santa Cruz, na Arena Pernambuco, em Recife.
Fonte: GloboEsporte.com
