Joel Santana não decretou a titularidade de Maxi Rodríguez na partida contra a Portuguesa, terça-feira, no Canindé, pelo Brasileiro da Série B. Mas ficou claro que o uruguaio está conquistando a sua confiança. No comando do Vasco há cerca de um mês, o treinador disse, em entrevista à Rádio Globo, que ainda está conhecendo os atletas e elogiou o uruguaio.
- É o seguinte: futebol tem que conviver no dia a dia. No dia do jogo é fácil. Estou conhecendo melhor a equipe. Só ontem (domingo) e hoje tivemos condições de fazer um trabalho tático, de fundamento, bola parada, correção. Na semana que eu teria tempo, fiquei doente. Temos 30 e tantos jogadores. Não adianta mexer muito no bolo, senão sola. Não adianta mexer muito no arroz, senão vira papa. Estou moldando devagar, enquanto estou precisando. Ele foi muito elogiado no jogo passado. Ele encontrou, em cinco minutos, duas bolas que nós não encontramos no jogo todo. Ele terá novas oportunidades. Quem sabe agora.
Acostumado a salvar equipes da Primeira Divisão a se livrarem do rebaixamento, Joel, agora, vive um fato inédito em sua carreira à frente de um time que disputa a Segundona.
- Eu já tive algumas vezes envolvido (em fuga do rebaixamento). Duas vezes com o Flamengo, duas vezes com o Vasco. A responsabilidade é a mesma (em relação à Série B) pelo clube, torcida, camisa e história. A Segunda Divisão é totalmente diferente, tem que saber jogar. O grande mérito é encontrar o sincronismo para disputar essa categoria, que é diferente, mais pegada, marcada.
O treinador elogiou o fato de o Vasco estar atuando em boa parte das novas arenas feitas para a Copa do Mundo, onde o nível dos gramados está bom. O time já atuou na Arena Amazônia (Manaus), Arena Pantanal (Cuiabá), Arena das Dunas (Natal), Mané Garrincha (Brasília) e Arena Pernambuco (Recife).
- Não é um jogo tão técnico, é faltoso. Graças a Deus as novas arenas estão aí. Sem elas, seria quase impossível viajar por esse Brasil e jogar em gramados de péssima qualidade. A arbitragem da Primeira Divisão - sem entrar nesse mérito - está passando por dificuldades, imagina a nossa? Outro dia, a bola bateu na linha, não entrou e o bandeira, do meio de campo, viu o gol. Nem o Cristo Redentor viu. É muita parada de jogo, cera. Os caras jogam a vida contra o Vasco. Tem certas horas que o jogo se torna feio, o time de lá rebate mesmo, fica todo mundo atrás e dois caras na frente. No último jogo, os caras se defenderam 90 minutos e empatamos nos acréscimo, só Deus sabe como.
Sem perder há oito partidas, o Vasco encontra-se em terceiro lugar na tabela. Com 48 pontos, o Cruz-Maltino está atrás de Avaí, 49, e Ponte Preta, líder da competição com 50 pontos.
Fonte: GloboEsporte.com
