O ex-jogador de futebol Romário (PSB) é o novo Senador do Rio. Ele teve mais de quatro milhões de votos válidos, o que representa 63,42%, com mais de 94% das seções apuradas. Em segundo lugar aparece Cesar Maia (DEM), com 20,55% e mais de um milhão de eleitores. Em terceiro lugar, Liliam Sá (Pros) está com 6,85%. Em quarto e quinto, Diplomata Sebastião Neves (PRB) e Carlos Lupi (PDT), ficaram com 4,06% e 3,08%.
'Partida só se ganha quando o juiz apita'
Romário chegou para votar, na Escola Municipal Joseph Bloch, em Parada de Lucas, Zona Norte do Rio, por volta das 10h20 deste domingo. Acompanhado de sua filha Ivy, de 9 anos, ele ficou 36 minutos na fila e saiu bastante confiante do colégio eleitoral. O ex-jogador de futebol passará o restante do dia na sede da frente partidária, na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, onde irá acompanhar a apuração dos votos.
Romário se mostrou otimista, porém cauteloso ao falar em vitória, embora as pesquisas mostrem que ele deve bater o recorde nacional na votação para o Senado.
"Partida só se ganha quando o juiz apita o final do jogo. Tenho bastante consciência de que trabalhei neste período eleitoral e que estou totalmente credenciado para ser um senador da República e representante do povo. Espero ter uma votação bem interessante para coroar com êxito esse trabalho de muitas pessoas que me ajudaram e esse reconhecimento do povo do Rio de Janeiro", afirmou o candidato do PSB.
Ao falar da última pesquisa do Datafolha, em que aparece com 62% das intenções de voto, Romário sinalizou que sabia que iria ter uma boa aceitação nas urnas.
"Eu sempre, na minha vida, só entro em algum tipo de competição onde tenho, no mínimo, 50% de chance. Se eu tivesse menos que isso, com certeza, não teria disputado. Político não tem que ter anos de experiência, não tem que ser mais velho ou mais novo. Político tem que ser objetivo, honesto e trabalhar para o povo", afirmou Romário.
O candidato ao Senado não quis contar para os jornalistas em quem votou para os cargos de presidente e governador. Ele admitiu, no entanto, que, caso Marina Silva (PSB) vá para o segundo turno, não há nenhum tipo de problema em apoiar a candidata. O ex-jogador negou que tenha se mantido distante de Lindberg Farias (PT) e Marina Silva (PSB) durante a campanha.
"Foram eles que ficaram distantes de mim. Eu fui o único candidato que percorreu os 92 municípios do estado. Desde o dia 6 de julho até ontem, minha agenda sempre foi aberta, praticamente, para todo mundo. Se eles tivessem interesse, seriam sempre bem vindos", afirmou.
"Lindberg até esteve próximo na primeira parte da disputa eleitoral, que foi sem televisão, mas ele tem uma forma específica de fazer campanha. Ele acredita muito no tempo da televisão. Então, se dedica mais às gravações. Talvez, seja isso que tenha feito a gente se desencontrar", relatou o ex-jogador de futebol.
Fonte: O Dia Online