A 40 dias da eleição presidencial, o Vasco parece ter hoje um dualismo. A aparente aproximação de Roberto Monteiro com Eurico Miranda na discussão do mensalão, há dois meses, parece ter produzido o crescimento da candidatura Júlio Brant, como antídolo à volta do euriquismo. Júlio Brant tem 36 anos,, viveu em Cascais, em Portugal, e tem ideias semelhantes às que nos últimos anos fizeram clubes portugueses disputarem títulos relevantes na Europa.
Em especial, o modelo de sócios do Benfica.
O time de Lisboa é o que mais sócios arregimenta no futebol mundial -- mais de 150 mil. Os sócios têm vantagens nas compras de ingressos e também ao adquirir produtos de empresas parceiras, modelo que serviu de inspiração para o projeto por um futebol melhor, com o qual a Ambev se associou aos clubes da Série A brasileira.
Júlio Brant pensa nisso como saída para duas questões do Vasco. Primeiro, financiamento. O Benfica tem 4% de sua torcida associada ao clube. O projeto vascaíno é ter 3%, o que poderia fazer o modelo vascaíno aproximar-se do Internacional, modelo de arrecadação no Brasil com sócio-torcedor.
A segunda razão para adotar esse modelo é a democratização. Se 3% dos sócios do clube puderem participar da vida política vascaína, o clube poderia sair da ditadura dos conselheiros. Hoje, poucos conselheiros decidem. O voto pela internet mudaria isso. É um processo longo, mas a idéia parece boa.
O Benfica é o atual campeão português, mas tem dificuldade para tirar a hegemonia nacional do Porto. Nas duas últimas temporadas, foi finalista da Liga Europa.
Fonte: Blog Paulo Vinícius Coelho - ESPN.com.br