Como diz o próprio hino: “num dia quatro de dezembro (de 1989) aconteceu aquele fato que marcou a nossa história. Foi nessa data que pujante ele nasceu. Um clube já predestinado para a glória”. No entanto, tais momentos gloriosos foram aparecer mesmo no início dos anos 2000, com a equipe figurando entre as primeiras posições dos principais campeonatos nacionais e internacionais, como a Copa João Havelange (que passaria a se chamar Campeonato Brasileiro) e a Libertadores da América. Mas, menos de 14 anos depois, o que era um futuro promissor, acabou sucumbindo e parando na Série D do futebol nacional.
A primeira grande aparição do São Caetano aconteceu em 2000, quando o clube do ABC Paulista conseguiu chegar à decisão da Copa João Havelange contra o Vasco da Gama, do Rio de Janeiro. O Gigante da Colina, que estava no módulo azul, encarou o Azulão, que estava no amarelo. A primeira partida foi disputada no Palestra Itália, estádio do Palmeiras, no dia 27 de dezembro, terminando empatada em 1 a 1. Já no jogo de volta, inicialmente marcado para São Januário (estádio vascaíno), um acidente – queda do alambrado que separava a arquibancada do campo – fez com que a partida fosse adiada. E por força política, o presidente do Cruz-maltino na época, Eurico Miranda, conseguiu levar o jogo para o Maracanã, onde o Vasco se sagrou campeão, vencendo por 3 a 1.
No ano seguinte, o São Caetano continuou com seu bom futebol, chegando mais uma vez na final da Copa João Havelange. Agora, o adversário era o Atlético-PR. Na primeira partida, realizada com mando do Furacão, na Arena da Baixada, a vitória por 4 a 2 dos donos da casa praticamente definiu o campeão. Mas, sem desistir, o Azulão até tentou, com sua torcida pressionando praticamente o jogo todo. No entanto, no jogo de volta, o Rubro-negro paranaense voltou a vencer, por 1 a 0, e o São Caetano amargou mais um vice-campeonato nacional.
Voltando a mais uma grande final, desta vez da Copa Libertadores da América – grande obsessão da maioria dos clubes sul-americanos -, em 2002, o São Caetano definitivamente escrevia seu nome na história do futebol brasileiro. A decisão seria contra o Olímpia, do Paraguai, clube tradicional em Libertadores. Era a primeira vez que um time considerado “pequeno”, ou de menor expressão no Brasil, conseguia tal feito. E na partida de ida, vitória do Azulão, fora de casa, por 1 a 0. Mas, na volta, o Olímpia, do Paraguai, surpreendeu, venceu por 2 a 1 e levou a decisão para as penalidades. Nas cobranças, Serginho perdeu o quarto pênalti da equipe. O Olímpia foi campeão e o São Caetano conquistou seu terceiro vice em três anos.
O tão esperado título veio dois anos depois, em 2004, na final do Campeonato Paulista. Depois de eliminar os gigantes São Paulo e Santos, o Azulão mediu forças com o surpreendente Paulista na grande decisão. E com vitória nas duas partidas, o São Caetano pode, enfim, comemorar um título. Mas, no mesmo ano, o clube sofreria uma de suas maiores perdas. No dia 27 de outubro, durante uma partida contra o São Paulo, no estádio do Morumbi, o jogador Serginho acabou caindo desacordado e falecendo por conta de um ataque cardíaco. Como consequência disso, o clube acabou sendo punido e perdendo 24 pontos na tabela de classificação, caindo do G-4 para a décima oitava posição.
No ano seguinte, a prova de que as glórias haviam ficado no passado. A décima sétima colocação afastou alguns torcedores do estádio, além dos patrocinadores. O São Caetano perdeu suas forças e acabou sendo rebaixado para a Série B em 2006. Desde então, foram sete anos na segundona, com campanhas irregulares, que hora lutavam contra o rebaixamento, hora figuravam entre os clubes que buscavam o acesso à elite do futebol brasileiro. E, em 2013, a equipe sucumbiu mais uma vez. As campanhas ruins no Paulistão e na Série B decretaram mais dois rebaixamentos ao Azulão.
E o ano de 2014 não começou nada bem. Depois de se livrar nas últimas rodadas de cair para a Série A3 do estadual, o São Caetano não resistiu no nacional. Precisando vencer e ainda torcer para um tropeço do Guarani, o São Caetano estava prestes a cair para a quarta divisão. No último domingo (28), o Azulão fez sua parte, venceu por 3 a 2 a equipe do Guaratinguetá. Mas, viu o Bugre vencer o Caxias, fora de casa, na segunda (29), e acabou, mais uma vez, rebaixado.
Fonte: Sport ao Vivo
