Vasco espera regularizar situação financeira de jovens da base em 10 dias

Quarta-feira, 24/09/2014 - 08:51
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A delicada situação financeira do Vasco já faz os dirigentes do clube temerem a perda de jogadores do profissional e da base. A tentativa de pagar ao menos parte dos salários atrasados para que o mercado não fique alerta com a situação e assedie os atletas esbarra na falta de recursos disponíveis.

Os executivos trabalham para liberar adiantamentos de contratos sem que as receitas sofram penhoras para quitar outras dívidas, e antes de os três meses sem pagamento se completem, o que daria o direito de recorrer à Justiça pedindo a liberação.

Na base, atletas que possuem contrato profissional sofrem pelo mesmo período dos profissionais — dois meses —, enquanto jovens com ajuda de custo, ainda sem vínculo, estão sem receber a quantia há quatro meses.

Os dirigentes preferem nem falar no assunto, mas alegam que pagaram um dos meses em atraso para manter os jogadores que estão alojados no clube na semana passada, e que pretendem pagar as outras parcelas em dez dias no máximo. Segundo o argumento usado, o problema não atinge toda a base, apenas algumas categorias.

Uma das opções para viabilizar os pagamentos seria a venda de algum jogador. O preferido da diretoria é Thalles, que tem sido convocado para a seleção sub-20 e atuado entre os profissionais do Vasco com destaque. No entanto, o mercado europeu vive entressafra e não há propostas por enquanto.

Outra alternativa seria adiantar alguma receita da Umbro, que terá seu uniforme lançado pelo clube no começo do mês de outubro. Acontece que, assim que fechou a negociação, o Vasco pegou um ano de contrato como luvas adiantadas, e quitou o salário de junho que estava em aberto e perto de vencer três meses de atraso. Agora, o clube busca novos patrocinadores para a nova camisa.

A última parcela da Caixa Econômica, patrocínio master do Vasco, não foi paga por causa da falta de certidões negativas de débitos. O clube deixou de pagar impostos e agora renegocia com a Receita Federal para ter o recurso novamente liberado. O problema é que para receber um valor de R$ 4 milhões precisa pagar R$ 9 milhões ou tentar fazer um parcelamento.

A renovação do contrato, que terminou no fim de julho, está emperrada e pode não acontecer caso o clube não regularize a situação.

Fonte: Extra Online