Nunca na centenária história do Vasco, o time profissional de futebol teve uma legião estrangeira tão grande. O reflexo do quinteto latino, formado pelos uruguaios Martin Silva e Maxi Rodríguez, o colombiano Montoya, o argentino Guiñazu e o paraguaio Aranda, já pode ser notado no dia a dia de São Januário, com o surgimento de hábitos até então pouco comuns, como o uso de chimarrão e o gosto pela cúmbia, ritmo musical muito popular nos países destes jogadores.
O intercâmbio cultural, até o momento, tem ocorrido de uma maneira bem amistosa. Guiñazu, por exemplo, é um dos mais queridos pelo grupo e pelos funcionários. Montoya, que chegou tímido, hoje em dia já é um dos mais brincalhões. Aranda e os uruguaios são um pouco mais contidos, mas aos poucos vão transmitindo as peculiaridades de suas origens aos brasileiros.
"Na última concentração, fizemos o Rafael Silva (atacante) tomar chimarrão (risos). Mas os brasileiros não gostam muito. Eles falam que é muito amargo", se diverte Maxi Rodríguez.
O chimarrão vascaíno é utilizado não só nas concentrações como também antes dos treinos e jogos. Para o meia, o chá os ajuda a relaxar.
"Sempre tomamos e ficamos na resenha (expressão que significa bate-papo). Ficamos mais tranquilos", diz Maxi, que traz a erva do Uruguai .
Nos hoteis, o pagode e o funk dos brasileiros rivaliza com a cúmbia, o reggaeton e a salsa, tudo em harmonia. Montoya que está há mais tempo no clube, já se simpatiza com alguns sambas.
Dentro de campo, a pouca intimidade com o português já não é mais obstáculo. O goleiro Martin Silva, por exemplo, utiliza a palavra "arriba" para determinar que os zagueiros saltem nos cruzamentos e todos o obedecem.
Atualmente, dos cinco estrangeiros, três estão atuando entre os titulares, são eles: Martin Silva, Guiñazu e Maxi Rodríguez. O arqueiro, aliás, ganhará uma camisa especial da Umbro, nova fornecedora de material esportivo do clube. Ela terá a cor celeste, em alusão ao país do camisa 1.
Fonte: UOL
Nota da NETVASCO: O contingente de 5 estrangeiros no elenco do Vasco não é um recorde. Entre 1934 e 1939 (portanto já na era do futebol profissional), por várias vezes o clube reuniu mais de 5 gringos em seu plantel, chegando até mesmo a colocar em campo 6 atletas estrangeiros num mesmo jogo, a maioria argentinos.