A Donbass Arena, estádio do Shakhtar Donetsk, voltou a sofrer com bombardeios nesta sexta-feira. A região nordeste da arena foi atingida por estilhaços de duas explosões por volta de 12h35 (horário local), de acordo com comunicado do clube ucraniano. Os funcionários do estádio foram retirados do local rapidamente, e nenhum ficou ferido.
Esta é a segunda vez em menos de um mês que o estádio é alvo de bombardeios dos confrontos entre separatistas pró-Rússia e o exército ucraniano na cidade de Donetsk, que vive clima tenso nos últimos meses. No dia 23 de agosto, a mesma região nordeste do estádio foi atingida por bombas, sofrendo sérios danos.
A região do clube que conta com 13 jogadores brasileiros tem sofrido com a guerra civil. No dia 17 de julho, o voo MH17 da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, caiu na cidade quando viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur. A suspeita é de que ele tenha sido abatido por mísseis disparados por separatistas pró-Rússia que estão à frente do movimento no leste da Ucrânia. O fato, é claro, intensificou ainda mais a crise entre as duas nações e encorpou um legado nada animador dos conflitos.
Por causa do problema, seis jogadores chegaram a não se apresentar ao Shakhtar na data marcada para a pré-temporada, entre eles, cinco brasileiros: Alex Teixeira, Dentinho, Douglas Costa, Fred e Ismaily (além do argentino Facundo Ferreyra). O atacante Bernard, que disputou a Copa do Mundo pela Seleção, também atrasou o retorno ao clube alegando medo por causa dos conflitos. Devido ao risco, o time mudou seus treinamentos para Kiev, onde os atletas passaram a morar, no noroeste da Ucrânia, a mais de 700 Km de distância de Donetsk, situada no sudeste do país, e manda agora suas partidas em Lviv, na região central, a 400 Km da sede temporária.
Fonte: GloboEsporte.com