Pedro Valente
Resposta do grande - benemérito, Pedro Valente, as perguntas que lhe fiz e ao, também, grande - benemérito, Otávio Gomes.
Prezado Amigo Luiz Orlando,
Se você ler (ou reler) os textos que publiquei de um ano para cá sobre o viciado processo eleitoral do CLUB DE REGATAS VASCO DA GAMA, mesmo apostando neste ou naquele suposto candidato, vai verificar que errei pouco nas minhas previsões. Segundo um amigo comum, não errei nada!
Em matéria de Vasco nada me surpreende mais.
A não ser que um dos postulantes tenha sua candidatura comprovadamente deslanchada, creio que será do interesse de todos comparecer ao debate.
Aceitei o convite para mediá-lo como mais uma missão. Apenas uma coisa posso garantir: a imparcialidade absoluta.
Quanto à situação catastrófica em que se encontra a agremiação e, para sua surpresa, mesmo assim hajam vascaínos que se dispõem a disputar a presidência do Clube, cabe considerar duas situações:
1ª) Os que se apresentam por vaidade, interesses pessoais, irresponsabilidade, más intenções, desejo de autopromoção.
2ª) E os que verdadeiramente o fazem por amor ao Clube, confiando na sua experiência, competência e sobretudo naquilo que Brizola dizia na sua campanha ao governo do Estado do Rio de Janeiro: “que o dinheiro está na cabeça do bom administrador”.
Efetivamente Brizola recebeu um Estado falido e, contra tudo e contra todos, construiu o Sambódromo, a Linha Vermelha, 512 escolas de primeiro mundo (os CIEPS assinados por Niemeyer), implantou as ambulâncias do Corpo de Bombeiros, promoveu a gratuidade no transporte de idosos e escolares uniformizados, foi o administrador público que mais nomeou mulheres e negros para o primeiro escalão de um governo na história do país, resgatando uma dívida com aqueles que contribuíram de forma decisiva, com a força do seu trabalho, para a construção deste Brasil. Tudo isto para não falar das obras de infra-estrutura que não aparecem. O petróleo e o gás da Bacia de Campos que saía do Rio para São Paulo de graça, passou a pagar royalties para o Estado do Rio de Janeiro. Numa parceria com a Petrobrás a Companhia de Transportes Coletivos - CTC (recuperada por Brizola e no governo seguinte “doada” aos empresários de ônibus) foi pioneira na implantação do GNV no país.
Infelizmente a incompreensão de uma parte importante da mídia, a memória curta e alienação de muitos, só agora, cerca de 20 anos depois, a lembrança do legado deste grande brasileiro, de que muito me orgulho por ter feito parte de seu governo, começa a ser tardiamente reconhecida.
A esperança não morre jamais!
Saudações Vascaínas
Pedro Valente
Fonte: Facebook Olho Vivo
