O procurador do STJD, Paulo Schmidt, informou que solicitou as imagens de um torcedor do Vasco atirando uma lata de cerveja no atacante do Oeste, Fabio Santos, durante jogo na última terça-feira na Arena da Amazõnia, e que os dois clubes correm risco de punição.
— Solicitamos as imagens e vamos ver com calma. Os dois clubes podem ser punidos — disse o procurador, explicando que Vasco e Oeste estariam livre de alguma pena se o torcedor tivesse sido preso.
Mas, de acordo com a Polícia Civil do Amazonas, o torcedor foi apenas identificado e retirado do estádio pela Polícia Militar, mas não houve registro de ocorrência e o caso não foi levado adiante.
— Tem que haver identificação e detenção. Só retirar do estádio não basta — explica Schmidt.
Segundo a assessoria da Polícia Civil, o delegado Sinval Barroso, da Delegacia de Grandes eventos, disse que não foi feito nenhum registro porque o jogador, que era a vítima, deixou por isso mesmo.
Mauro Guerra, vice de futebol do Oeste, que era o mandante do jogo, disse que o clube não foi procurado para fazer qualquer posicionamento.
— A polícia militar disse que tinha identificado o torcedor, que era do Vasco. O Oeste não tinha torcedor lá. Cumprimos todas as normas — alegou o dirigente.
O árbitro da partida, Paulo Schleich Vollkopf, relatou o episódio na súmula.
“Informo que, aos 18 minutos do primeiro tempo, na comemoração de um gol, o atleta número 9, senhor José Fábio Santos de Oliveira (Fábio Santos), da equipe do Oeste F.C., foi atingido no rosto por uma lata de cerveja atirada da arquibancada onde se encontrava a torcida do C.R. Vasco da Gama. O referido atleta não necessitou de atendimento médico e continuou na partida normalmente. A referida lata foi recolhida e entregue ao quarto árbitro para o devido relatório".
Procurada, a Fundação Vila Olímpica, responsável pela administração do estádio, se posicionou através da assessoria de imprensa. Foi informado que um relatório sobre os incidentes da Arena Amazônia no jogo do Vasco será elaborado para a confecção de um manual de operação para os eventos esportivos e de entretenimento. O assessor Rodrigo Abinader informou ainda que o presidente da Fundação, Aly Almeida, considerou a segurança insuficiente e solicitará reforço de policiamento nos jogos. Na Federação Amazonense de Futebol, que operou o jogo desta terça-feira, ninguém foi encontrado para comentar os problemas.
Fonte: Extra Online
