Campeões do Brasileiro de 2014 do Futebol de 7, nossos heróis do paralímpico exibiram na Colina Histórica o troféu conquistado com muito suor. Jogadores e membros da Comissão Técnica falaram um pouco da imensa emoção de trazer esse título inédito para o Vascão.
Também com o prêmio de revelação do campeonato, o futebolista Ubirajara da Silva, conhecido como 'Bira', ergue com orgulho sua taça e atribui a sua religiosidade ter chegado aonde chegou.
- Presente que Deus me deu com muita força, muita garra, muita atitude. Conseguimos ser campeões, e eu pude desempenhar um bom papel para ajudar meus companheiros – felicita o atleta.
Convocado para a seleção brasileira da categoria PC (Paralisia Cerebral), Diego Delgado, chamado pelos amigos de 'Di Maria', salientou o fato da equipe cruz-maltina não estar entre as mais apostadas para vencer.
- Ninguém esperava a gente conseguir esse objetivo, que já estamos trabalhando há muito tempo. Estamos muito feliz em trazer esse título, sabendo que temos essa torcida gigantesca que torce sempre por nós – destacou Di Maria.
O técnico do Vasco, Rodrigo Terra, contou sobre o grande comprometimento de cada um de seus atletas nos treinamentos.
- Participamos de várias competições, até mesmo contra pessoas convencionais, e no final sabíamos que colheríamos esse fruto gostoso. Valeu a pena, deixamos de ser o time do quase, para ser o time campeão mesmo né – comemora o treinador, que divide seus méritos com o preparador físico Marcos Vinicius.
Coordenadora dos Esportes Paralímpicos, Lívia Prates conta que a equipe de futebol de 7 está no seu quarto ano de funcionamento com 85% do time feito dentro do clube. Segundo os relatos da especialista, pode-se concluir que a máxima de que craque o Vasco faz em casa, também serve para o futebol paralímpico.
- É uma modalidade que está em ascensão por conta das Olimpíadas que vão vir para o Rio em 2016. Hoje a gente gasta em média cinco mil reais por mês, o que dá sessenta mil reais por ano, para ser campeão brasileiro e jogar internacionalmente.É um trabalho que a gente faz diariamente, com as famílias, com as pessoas com deficiência, tirando-as da inércia – conta Lívia, que ainda ressalta o trabalho feito com estes atletas não só dentro, bem como, fora do esporte.
Este é o Club de Regatas Vasco da Gama, novamente, combatendo o preconceito e promovendo a inclusão social.
Fonte: Site oficial do Vasco