A trajetória de Marlone começou em 2006, quando chegou à São Januário para fazer parte das divisões de base do Vasco. Por lá viveu muitos anos de sua vida e chegou aos profissionais em 2012. No ano seguinte, em meio ao desmanche que o clube sofreu, o meia se tornou um dos jogadores mais importantes do elenco. A temporada foi ruim para o cruz-maltino, que acabou sendo rebaixado. No entanto, a joia se destacou e foi disputado por alguns clubes brasileiros. Em dezembro do ano passado, o garoto foi anunciado pelo Cruzeiro, onde permanece até o momento.
Em entrevista exclusiva ao Intergols, o meia Marlone falou sobre o inicio de carreira no Vasco, a adaptação no Cruzeiro e sobre seu futuro. Confira:
Intergols: Marlone, você subiu ao profissional do Vasco em 2012, ano em que o clube tinha no elenco Juninho e Felipe. O quanto foi importante conviver com esses ídolos para que conseguisse se adaptar no time de cima?
Marlone: – Juninho e Felipe sempre foram ídolos e grandes exemplos, e ter tido a oportunidade de trabalhar com eles foi uma grande bênção. Só tenho que agradecer muito a eles. O Juninho eu ainda tive a oportunidade de trabalhar novamente em 2013 e, graças a Deus, ele foi uma das pessoas mais importantes na minha carreira naquele momento. E o que aprendi com ele vou levar pra vida toda. É um grande amigo.
Intergols: Mesmo com a queda do Vasco em 2013, você conseguiu se destacar e foi assediado por alguns clubes brasileiros. Houve até especulação que você pudesse sair do Brasil. De fato, aconteceu alguma proposta do exterior? E a saída pro Cruzeiro teve alguma influência do Dedé e outros jogadores que trabalharam contigo no Rio?
Marlone: – Uma pessoa do Real Madrid ligou para o meu empresário e fez uma sondagem, dizendo que tinham gostado muito da partida que fiz contra o Corinthians, em Brasília, a minha primeira como titular no Brasileiro de 2013. O treinador do Cruzeiro já era o Marcelo Oliveira. Ele me deu a primeira oportunidade como titular no time profissional do Vasco em 2012 e com certeza foi muito importante na decisão de vir para o Cruzeiro, além da estrutura e dos profissionais que trabalham no clube.
Intergols: Você passou muitos anos de sua vida dentro do Vasco e em dezembro do ano passado saiu do clube para um desafio novo. Foi difícil se adaptar em uma equipe de outro estado? Nesses meses que você está em Minas, já deu pra descobrir o segredo dessa equipe, que há quase dois anos apresenta um futebol de altíssimo nível?
Marlone: – Graças a Deus fui muito bem recebido aqui no Cruzeiro e isso facilitou bastante a minha adaptação. O grupo aqui é muito unido, os jogadores se respeitam e torcem pelo sucesso do time, independente de quem esteja em campo. É claro que quem está no banco também quer jogar, mas o pensamento é sempre coletivo, torcendo pelo sucesso um do outro. Temos um grupo espetacular e uma grande comissão técnica aqui, e com a estrutura que o clube nos proporciona podemos trabalhar tranquilos e focados em dar sempre o nosso melhor nos treinos e jogos.
Intergols: Alguns atletas dizem que em certo momento da carreira é preciso sair do Brasil para conseguir uma estabilidade financeira. Você acredita que é possível se manter por mais quanto tempo no futebol brasileiro? E quando era mais novo, qual time europeu sonhava em defender?
Marlone: – Estou feliz aqui no Cruzeiro e neste momento só penso em vencer aqui, evoluir e ajudar o clube a conquistar ainda mais títulos, retribuindo tudo que fizeram e fazem por mim aqui.
Intergols: Pensando no futuro, você faz projeção para estar na Copa do Mundo da Rússia em 2018? E mais pra frente, você tem o desejo de retornar ao Vasco um dia?
Marlone - É claro que sempre penso em poder estar junto com a seleção na próxima Copa do Mundo. E para isso sei que ainda preciso trabalhar e evoluir muito. O Vasco é o clube que se tornou a minha casa, a minha família, que me acolheu desde muito novo, onde chorei, sofri, cresci, aprendi e apareci para o futebol. Fiz grandes amigos no clube e tenho um imenso carinho e gratidão pelo Vasco.
Fonte: Intergols