Negociando com o Vasco nos últimos dias, Joel Santana está muito próximo de acertar a volta a São Januário depois de quase uma década. Os detalhes já estariam acertados entre as partes, faltando apenas a assinatura do contrato. Apesar de passar a responsabilidade ao presidente cruz-maltino, o treinador relata recente conversa com Roberto Dinamite e deixa escapar que haverá uma futura apresentação.
- Me encontrei com ele há pouco, mas por enquanto não posso contar muitos detalhes. Quem está com a responsabilidade é o presidente. Não posso falar nada até o dia da minha apresentação - entregou Joel.
Segundo o treinador, uma das razões para aceitar o desafio de comandar o Cruz-Maltino na luta para voltar à elite do futebol nacional é o carinho que tem recebido dos vascaínos. Com o discurso de que "sem torcedor a gente não é ninguém", Joel citou o encontro com uma torcedora.
- Eu estava entrando numa igreja ontem, quando uma senhora me viu, entrou comigo e falou assim para mim “você tem que ir pra lá, a gente entrou junto, temos que sair junto. Não deixa a gente na mão”. São coisas assim, que muitas vezes a gente não vê, que emocionam a gente. Se eu estou com o apoio do torcedor e o apoio de Deus, vamos lá, vamos ver o que a gente consegue e vamos tentar o melhor para o Vasco - contou.
A procura por um treinador vem desde a noite do último sábado, quando Adilson Batista deixou o clube após a goleada sofrida por 5 a 0 diante do Avaí, em São Januário, deflagrando a crise que tirou o Vasco do G-4 da Série B. O auxiliar Jorge Luiz comandou a equipe na eliminação para o ABC da Copa do Brasil, na última terça, e deve ser mantido para o confronto deste sábado diante do América-MG, em Belo Horizonte, pela primeira rodada do segundo turno da Série B.
Joel está com 65 anos e não trabalha há mais de uma temporada - desde que deixou o Bahia. Antes, foi demitido sem bons resultados no Flamengo e no Cruzeiro e cogitou assumir a seleção de Angola meses atrás. Seu último título foi o Campeonato Carioca de 2010, pelo Botafogo. Assim como nos outros grandes do Rio, a identificação com o Cruz-Maltino é grande: são mais de dez títulos, entre as épocas de jogador e técnico - a última vez foi em 2005.
Fonte: GloboEsporte.com