O Shakhtar informou que sua sede, em Donetsk, foi invadida nesta quarta-feira por homens armados. O clube disse que os motivos do incidente ainda estão sendo investigados. A cidade do leste ucraniano vem sendo alvo de conflitos motivados por grupos separatistas pró-Rússia. Para fugir dos problemas na região, a diretoria decidiu mudar a base do time para Kiev nesta temporada e mandar os jogos em Lviv.
O incidente é apenas mais um de uma série de acontecimentos que vem afetando as dependências do clube em Donetsk. No final de agosto, a Donbass Arena, casa do Shakhtar, foi bombardeada e teve várias alas danificadas. Poucos dias depois, o campo outrora usado pelos jogadores para treinar na cidade foi atingido por quatro bombas na noite de quarta-feira passada. Nenhuma pessoa ficou ferida em ambos os casos, de acordo com a diretoria.
A região do clube que conta com 13 jogadores brasileiros tem sofrido com uma guerra civil. No dia 17 de julho, o voo MH17 da Malaysia Airlines, com 298 pessoas a bordo, caiu na cidade quando viajava de Amsterdã para Kuala Lumpur. A suspeita é de que ele tenha sido abatido por mísseis disparados por separatistas pró-Rússia que estão à frente do movimento no leste da Ucrânia.
Por causa do problema, seis atletas chegaram a não se apresentar ao Shakhtar na pré-temporada. Entre eles, cinco brasileiros: Alex Teixeira, Dentinho, Douglas Costa, Fred e Ismaily (além do argentino Facundo Ferreyra). O atacante Bernard, que disputou a Copa do Mundo pela Seleção, também atrasou o retorno ao clube alegando medo por causa dos conflitos.
Fonte: GloboEsporte.com