Ao mesmo tempo que comemorava o gol de Kleber no empate com o ABC-RN, na terça-feira, o torcedor do Vasco temia perder o jogador por suspensão, depois de mais um cartão amarelo desnecessário, por tirar a camisa na comemoração. Na Série B e na Copa do Brasil, quase um terço de advertências foram por infrações bobas.
Entre reclamações, simulações e atitudes antidesportivas, como colocar a mão na bola, retardar o jogo e tirar a camisa, são 21 cartões amarelos do total de 76 — 28%. A diretoria intensificou as cobranças internamente. Mas alega que multas exigidas pelo patrocinador, por exemplo, não estariam previstas. A Caixa Econômica torceu o nariz, e recomendou cautela nos casos em que o jogador tira a camisa, o que impede a exposição da marca.
O capitão Rodrigo, que nesta quarta-feira completou 34 anos e foi advertido por reclamação contra o ABC-RN, atribuiu o grande número de cartões ao trabalho no limite visando à recuperação na Série B, em que o Vasco é o segundo clube mais punido, com 53 cartões, apenas um a menos que o Joinville.
— Não tira a camisa — pediu Rodrigo a Kleber.
A bobeada aumentou a lista do Gladiador, que já tem duas denúncias no STJD por agressão. Depois do jogo em São Januário, o atacante mostrou-se arrependido e disse que precisava dar uma “seguradinha". Para Rodrigo, a arbitragem tem atrapalhado.
— Preocupa, a arbitragem. A gente consegue se controlar até certo ponto, mas tomamos muitos cartões — reconheceu.
O goleiro Martín Silva, que serve à seleção uruguaia, ficou um jogo suspenso por retardar jogo e reclamar. Montoya, que voltou a ter chances no time, levou três amarelos por atitude antidesportiva e colocar a mão na bola duas vezes. Ao lado de Guiñazú, Douglas é o recordista de cartões na Série B, com seis: um por reclamação e outro por simulação.
Fonte: Extra Online