Com uma derrota para o lanterna Vila Nova e um empate com o Icasa, que estava na zona de rebaixamento para a Série C, o Vasco traz de volta para o Rio de Janeiro mais três cartões amarelos, que significam mais três suspensões para a próxima rodada - Guiñazu, de novo, Marlon e Montoya. O prejuízo de tantos cartões a cada partida é sentido em campo. No jogo da noite desta sexta, Douglas ficou fora por três cartões amarelos. Antes, pelo mesmo motivo, Martín Silva cedeu lugar para Diogo Silva. Uma análise nas estatísticas divulgadas pela CBF mostra que a rotina coloca o Vasco na ponta da tabela de advertências em todas as séries. São 53 cartões amarelos em 18 jogos na Série B. Nenhuma expulsão ainda.
Na média, o Vasco "perde", na Série C, para o CRB, de Alagoas, que levou 36 cartões amarelos em 11 jogos - 3,2 cartões por partida. E também para o Betim, de Minas Gerais, que disputa a Série D. A equipe mineira tem 17 cartões em apenas quatro partidas - mais de quatro amarelos a cada jogo. O time de Adilson Batista tem média 2,9 cartões por partida. Na Segundona, o antigo líder do campeonato, Ceará, tem três cartões a menos, mas joga nesta tarde contra a Portuguesa, em São Paulo. Na Série A, o Bahia, com 16 jogos, tem um alto número de amarelos: 47.
Meio de campo de marcação, de muito contato físico com adversários e carrinhos a torto e a direito, Guiñazu é o recordista de cartões no Vasco. Este ano, foram 11 amarelos, sendo seis deles na Segundona - o que provocou duas suspensões nessa competição do argentino. Depois dele, aparece outro estrangeiro, o goleiro uruguaio Martín Silva e Douglas, ambos com sete cartões, seguidos pelo zagueiro Rodrigo, que levou seis vezes advertência nesta temporada.
O técnico Adilson Batista defende a equipe e diz que não vê violência apesar do alto número de cartões amarelos. Ele lembra que o tipo de jogo na Série B e às vezes a participação da arbitragem também condiciona a incidência do time vascaíno neste quesito.
- A gente sempre pede para antecipar a jogada e não fazer a falta. Às vezes o adversário é mais rápido, às vezes para a jogada, o jogo na Série B é mais truncado, o gramado às vezes que não é da qualidade que estamos acostumados, a partida é mais faltosa, árbitro tem que saber conduzir, dá cartão aleatoriamente. É numero alto, mas não vejo deslealdade - afirmou Adilson.
Fonte: GloboEsporte.com