Elefantes brancos
Três estádios da Copa do Mundo construídos e administrados pelos governos estaduais são os principais candidatos a se tornar estruturas com pouco uso, segundo um estudo produzido por Jorge Hori, consultor do Sinaenco (Sindicato Nacional da Engenharia e Arquitetura): Manaus, Brasília e Cuiabá. Hori aponta, especialmente nos dois primeiros casos, o futebol local e o regional, de nível fraco, como principais obstáculos.
Na ponta do lápis. Embora os jogos de Vasco x Resende e Corinthians x Nacional, time local, pela Copa do Brasil, tenham sido sucessos de público na Arena Amazônia, com cerca de 40 mil e 36 mil pagantes, o consultor aponta que Nacional x São Luiz atraiu público pouco superior a três mil pagantes.
Pior. A situação foi agravada com a eliminação do Nacional e do Princesa do Solimões da Copa do Brasil.
Convidados. No caso do Mané Garrincha, de Brasília, os jogos envolvendo clubes grandes como Santos, Flamengo, Vasco, Corinthians e Botafogo atraíram excelentes públicos no ano passado.
Sem estrelas. Porém os mesmos resultados do ano passado, mostra Hori, não se repetem em 2014. Parte disso ocorreu porque a concessionária do Maracanã evitou a "fuga" das equipes do Rio.
Luz no fim do túnel. O consultor, porém, aponta uma solução: a exploração do Mané Garrincha como arena multiuso, pelo poder aquisitivo dos brasilienses e o interesse por megashows.
Desinteresse. Já a Arena Pantanal, de Cuiabá, teve pouca procura até pelos jogos de times como Vasco e Santos, que acabaram não acontecendo na arena, ressalta o consultor. Além disso, sofre com o futebol frágil.
Fonte: Coluna Painel FC - Folha de São Paulo