Em campo, o Vasco vive seu momento mais tranquilo na temporada, com cinco vitórias seguidas e a liderança da Série B cada vez mais próxima, mas a incerteza fora dele faz com que o clube não saiba como estará seu departamento de futebol a partir da próxima quarta-feira, quando terminaria o mandato de Roberto Dinamite na presidência. O cartola, no entanto, conseguiu uma liminar que o mantém no poder até o dia 11 de novembro, data em que será realizada eleição para definir seu sucessor. No entanto, a decisão é provisória, e uma junta transitória de quatro pessoas não ligadas à atual diretoria assumirá caso ela seja cassada nos próximos dias.
Caso a liminar obtida pela chapa "Sempre Vasco", de Julio Brant, seja derrubada, a junta transitória assumirá o clube, já que o conselho deliberativo cruzmaltino recusou uma extensão do mandato de Roberto Dinamite na presidência após o adiamento da data da eleição. Com isso, o mandatário deixaeia o cargo no dia 18, data do jogo entre Vasco e Vila Nova, pela 17ª rodada da Série B, no Mané Garrincha, em Brasília.
Curiosamente, o Vasco pode chegar à liderança da Série B com uma vitória sobre o Vila Nova e, ainda assim, ter mudanças importantes na estrutura do seu departamento de futebol. O diretor executivo Rodrigo Caetano, por exemplo, já disse que garante sua permanência somente até o dia do confronto com o time goiano.
Até aqui, o discurso da possível junta transitória é de que o futebol seria blindado, priorizando a busca pela volta à primeira divisão. O grupo formado por Silvio Godói, Eduardo Rebuzzi (indicados por Eurico Miranda), Alcides Martins e Jorge Luis Moraes (apontados por Roberto Monteiro) teria a intenção de manter a estrutura atual do departamento.
"A ideia é manter a estrutura do Vasco, blindar o futebol e cuidar das finanças para tentar equacionar as dificuldades. Estamos nos primeiros contatos, não temos relacionamento com os demais. Conheci apenas o Jorge Luis. O doutor Alcides, apenas de cumprimento. Vamos fazer uma primeira reunião no domingo e iremos começar a traçar uma linha de atuação, mas de manter o que está acontecendo", disse à Rádio Globo um dos integrantes da junta transitória, Silvio Godoy.
Outro que pode ser afetado pela possível mudança na cadeia de comando é o treinador Adilson Batista, que prefere assistir de fora a movimentação.
"Sobre a parte política prefiro não me envolver, já tenho muitas preocupações. Não quero me envolver nessa situação. Sou empregado do clube, funcionário, e vou acatar qualquer decisão", disse Adilson após a vitória por 2 a 0 sobre o Ceará, no último sábado.
Num primeiro momento, até mesmo a contratação de Maxi Rodriguez junto ao Grêmio chegou a ser emperrada pela incerteza sobre o futuro, mas acabou acontecendo no final da última semana. O meia foi apresentado antes da vitória sobre o Ceará, em São Januário, no sábado.
Fonte: UOL