Às vésperas de um jogo decisivo pela Série B, contra o líder Ceará, que pode ser alcançado em pontos em caso de vitória cruz-maltina, Adílson Batista não quer saber de política no vestiário do Vasco. A exemplo de Kleber, que ignorou a iminente troca de comando na diretoria com a saída de Roberto Dinamite para que uma junta administrativa assuma, o técnico cruz-maltino afirmou que é uma obrigação acompanhar os acontecimentos e, da mesma forma, se concentrar no trabalho. O time enfrenta os nordestinos neste sábado, em São Januário, e está somente três pontos atrás. Confiante, a torcida esgotou os ingressos para a partida nesta sexta-feira.
Ao ser questionado sobre a transição política, o treinador se esquivou de tomar partido ou analisar a situação do departamento de futebol com as mudanças. O diretor executivo Rodrigo Caetano pode sair. Garantiu que fica até o jogo de terça, em Brasília, mas a partir daí o futuro é incerto. Por outro lado, os membros da junta dão a entender que não pretendem mexer na estrutura.
- Acompanhar nós temos obrigação, mas o foco é o trabalho, o compromisso que temos com o futebol, o treinamento, os jogos, a disciplina, nossos objetivos nas duas competições, não podemos nos envolver. Estou bem focado. Sou funcionário, mas estou extremamente concentrado no que estou fazendo.
Ao saber que Silvio Godoi, um dos representantes do grupo de Eurico Miranda na junta que, por decisão do Conselho Deliberativo, assumirá o Vasco a partir de terça-feira, afirmou que o futebol precisa ser blindado, Batista novamente se esquivou:
- Eu não quero me envolver nessas questões. Procuro desenvolver o meu trabalho, aceito as críticas, as vaias, as cobranças, e também sei discernir o que é certo e errado. Mas o meu foco sempre foi trabalho e respeito à instituição. Controlar o vestiário, ótimo ambiente em todos os setores, sempre fui muito bem tratado e muito bem ouvido aqui, as questões que a gente tem de resolver no futebol. Prefiro não me envolver nisso, mas respeito a opinião dele.
Fonte: GloboEsporte.com