O assessor da presidência Jackson Vasconcelos não trabalha mais no Fluminense. Após pressão pela polêmica do suposto envolvimento na eleição do Vasco, da qual teve seu nome ligado ao candidato Julio Brant, o dirigente acertou sua saída com o presidente Peter Siemsen. A saída do dirigente é resultado da pressão de correntes políticas, inclusive da situação.
A notícia da suposta participação de Jackson Vasconcelos na campanha do candidato à presidência do Vasco Julio Brant tornou a permanência praticamente insustentável. Brant, porém, explica que o contato entre eles foi através de um amigo em comum e que a intenção era conhecer melhor como funcionavam as questões dos clubes cariocas.
Jackson e Peter se reuniram pela manhã de quarta-feira, nas Laranjeiras, um dia depois de uma entrevista do jornalista Rica Perrone com Brant ir ao ar e revelar a relação dos dois. Neste encontro, a saída foi acertada. Até esta sexta, então, o assessor realizou suas últimas atividades.
Na noite de terça-feira, após uma reunião que costuma acontecer semanalmente no Fluminense entre sócios, conselheiros e beneméritos, alguns foram até a sala do assessor da presidência tricolor e pediram a sua saída. A possível ligação com o candidato cruz-maltino aumentou a insatisfação de alguns grupos políticos, que já minavam Jackson.
Ele trabalhou na primeira campanha de Peter e, desde 2010, ocupa o cargo de assessor do presidente. Era o responsável por controlar grande parte das ferramentas da gestão e ainda gerir a comunicação institucional do Fluminense. Na época da reeleição de Peter, chegou a pedir para deixar o clube, porém, após um apelo do presidente, decidiu continuar. Foi alvo de críticas internas quando, em janeiro desde ano, teve desentendimento com o então diretor geral Luiz Fernando Pedroso, que deixaria as Laranjeiras. Atualmente, perdeu um pouco de espaço com a ascensão de Pedro Antônio Ribeiro da Silva, vice de Projetos Especiais, que passou a ser o principal conselheiro de Peter.
Recentemente, Jackson também colocou o cargo à disposição após discordar da decisão sobre o aumento do preço dos ingressos para jogos do clube. Peter e Pedro Antônio, que era a favor do reajuste, o convenceram a continuar. O episódio envolvendo o rival, no entanto, tornou o cenário mais complexo.
Peter Siemsen se mantém calado sobre a crise interna do Fluminense e ainda não se pronunciou sobre o assunto. A tendência é que Pedro Antônio assuma o posto de assessor da presidência temporariamente.
Fonte: GloboEsporte.com