Titular do Cruzeiro desde 2005, Fábio admitiu encerrar a trajetória no clube ao fim de seu contrato, em abril de 2016. Após uma rápida passagem em 2000, quando era reserva na conquista da Copa do Brasil, o goleiro retornou cinco anos depois. A volta ao clube e o começo de uma era de idolatria na Toca da Raposa envolveram briga judicial e troca pelo atacante Alex Dias.
Em setembro de 2004, Fábio foi convocado por Carlos Alberto Parreira para dois jogos da Seleção Brasileira: contra Bolívia, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo, e Alemanha, em amistoso. No momento em que se destacava, o goleiro decidiu acionar a Justiça contra o Vasco, clube que defendia naquela ocasião.
Fábio contratou a advogada Gislaine Nunes, famosa por defender jogadores de futebol em ações trabalhistas contra clubes. Foi pedida a rescisão contratual com o Vasco por atraso de 12 meses no depósito do FGTS e o não pagamento do 13º salário em 2001, 2002 e 2003, além de indenização de R$ 10 milhões.
A batalha judicial durou dois meses. Em dezembro de 2004, Fábio e Vasco chegaram a acordo para que ele fosse negociado com outro clube. Para contratar o goleiro, o Cruzeiro cedeu em definitivo o atacante Alex Dias ao cruz-maltino para ficar com 50% dos direitos econômicos de Fábio. O clube carioca permaneceu com 40%, enquanto o atleta ficou com o restante.
Trocado pelo goleiro, Alex Dias havia chegado ao Cruzeiro no segundo semestre de 2003. Ele, assim como Alex Alves e Márcio Nobre, foi uma das apostas para substituir Deivid, vendido ao Bordeaux, na campanha do bicampeonato brasileiro.
Alex Dias defendeu a Raposa em 10 partidas até fevereiro do ano seguinte. Sem ter marcado gols, foi emprestado ao Goiás. No time esmeraldino, foi vice-artilheiro do Campeonato Brasileiro, com 22 tentos.
Com a cessão em definitivo de Alex Dias para o Vasco, o Cruzeiro apresentou Fábio em 7 de janeiro de 2005, ao lado do volante Marabá e do lateral-esquerdo Athirson. Seis anos depois, quando houve renovação de contrato até abril de 2016, o clube adquiriu mais 30% dos direitos econômicos do goleiro. Os 20% restantes pertencem ao atleta.
Próximo do recorde de jogos com a camisa celeste, Fábio abordou, nessa quinta-feira, a possibilidade de se aposentar na Toca da Raposa. “Tenho contrato até o final de abril de 2016. A gente pensa, quem determina é Deus, mas eu tenho pensamento já bem encaminhado e elaborado, se for da vontade de Deus, eu paro em 2016. Estarei satisfeito com meu trabalho, aos 35 anos”, disse.
Fonte: Superesportes