No fim da noite da última 2ª-feira (03/08), circularam informações de que o presidente Roberto Dinamite lançaria um comunicado informando que 2.731 sócios vascaínos que aderiram ao clube entre março e abril de 2013 não estariam aptos a votar nas eleições que estavam marcadas para 6 de agosto, agora adiadas para 11 de novembro.
Na tarde de 3ª-feira (04/08), segundo o site Lancenet, dois vice-presidentes estariam tentando dissuadir Dinamite de lançar o comunicado. Seriam eles o 1º vice-presidente geral Antônio Peralta e o vice-presidente médico Manoel Moutinho, que estariam apoiando Eurico Miranda, presidente do Conselho de Beneméritos e candidato a suceder Dinamite na presidência da Diretoria Administrativa.
Em entrevista ao blog "De Prima", do site Lancenet, Peralta não confirmou apoiar Eurico, mas defendeu que os 2.731 "sócios de abril" tenham direito a voto, pois já pagam mensalidades há cerca de um ano e meio:
"Se estivesse ao lado de Eurico, não veria problemas em votar nele. Sobre os sócios, todos pagam há quase um ano e meio. A partir do momento que paga, ninguém fala nada, agora eles não podem votar? Alguns vice-presidentes defendem que eles votem por isso. Como é que vai excluir o sócio que paga há um ano e meio?", questionou Peralta.
A questão dos "sócios de abril" é uma das polêmicas das eleições do Vasco. Tudo começou em março e abril de 2013, quando, mediante campanhas de associação, cerca de 3 mil sócios aderiram ao clube. Meses depois, parte deles foi acusada pelo grande benemérito Otávio Gomes de estar sendo financiada por Eurico Miranda e Roberto Monteiro com fins eleitorais. Uma comissão de sindicância interna foi instaurada para analisar o assunto, que também virou objeto de inquérito na 17ª DP. Enquanto isso, esses associados vinham pagando mensalidade normalmente e gerando, ao todo, cerca de R$ 1 milhão aos cofres do clube. A situação atual é a seguinte: de um lado, Eurico, o grupo Casaca, a chapa Volta Vasco! Volta Eurico!, Roberto Monteiro, a chapa Identidade Vasco e Peralta defendem que tais sócios são legítimos e têm direito a voto; do outro, os demais candidatos, grupos políticos e chapas, bem como parte da imprensa, classificam o caso como um "esquema" e chamam esses sócios de "mensaleiros".
Fonte: NETVASCO
